segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Descrentes do voto


É fato sabido que até uma semana atrás estávamos, quase todos, descrentes do voto.
A morte trágica do candidato à Presidência da República,
Eduardo Campos, antes um mero desconhecido,  exceto no nordeste onde desempenhou cargos de relevância, fez com que todos  raciocinassem sobre sua frase chave: “eu não vou desistir do Brasil”.
Na verdade, estávamos mesmo todos desistindo do Brasil. Mesmo os que não votaram nos candidatos da situação, chegaram,  num momento inicial, a acreditar numa profunda mudança ética na política brasileira.
Como isso não aconteceu, o desânimo e o desencanto  foi tomando conta de todo um povo - conhecido como aquele que não desiste.
Eis que a ocorrência de um fato trágico, dolorido para todos, volta a levantar o espírito de luta de toda a nação.
De tal maneira  que, segundo pesquisas, foi imediato o desejo de volta ao voto.
Se as eleições fossem hoje, a candidata a vice de Eduardo venceria as eleições com 50% dos votos contra 40% da candidata da situação.
Excluída a emoção do momento, fica patente que a frase de Eduardo Campos passou a funcionar como um mantra no inconsciente coletivo.
Falta à, extremamente ética, Marina Silva, a maleabilidade, infelizmente necessária ao desempenho político, coisa que sobrava no seu companheiro de chapa recém-falecido.
A família do jovem Eduardo Campos transformou lágrimas em espírito de luta e, em nenhum momento, deixou de exteriorizar isso. Talvez este fato tenha sido o grande desencadeador dessa nova etapa patriótica em que mergulha o país.
Se ele sentia que não deveríamos desistir  do país, por que estaríamos todos nós desistindo?
Frase para reflexão.
Afinal, se os touros soubessem da força que tem, jamais passariam a vida puxando carroças...

Gabriel Novis Neves
30-08-2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.