É
fato sabido que até uma semana atrás estávamos, quase todos, descrentes do
voto.
A
morte trágica do candidato à Presidência da República,
Eduardo
Campos, antes um mero desconhecido,
exceto no nordeste onde desempenhou cargos de relevância, fez com que
todos raciocinassem sobre sua frase
chave: “eu não vou desistir do Brasil”.
Na
verdade, estávamos mesmo todos desistindo do Brasil. Mesmo os que não votaram
nos candidatos da situação, chegaram,
num momento inicial, a acreditar numa profunda mudança ética na política
brasileira.
Como
isso não aconteceu, o desânimo e o desencanto
foi tomando conta de todo um povo - conhecido como aquele que não
desiste.
Eis
que a ocorrência de um fato trágico, dolorido para todos, volta a levantar o
espírito de luta de toda a nação.
De
tal maneira que, segundo pesquisas, foi
imediato o desejo de volta ao voto.
Se
as eleições fossem hoje, a candidata a vice de Eduardo venceria as eleições com
50% dos votos contra 40% da candidata da situação.
Excluída
a emoção do momento, fica patente que a frase de Eduardo Campos passou a
funcionar como um mantra no inconsciente coletivo.
Falta
à, extremamente ética, Marina Silva, a maleabilidade, infelizmente necessária
ao desempenho político, coisa que sobrava no seu companheiro de chapa
recém-falecido.
A
família do jovem Eduardo Campos transformou lágrimas em espírito de luta e, em
nenhum momento, deixou de exteriorizar isso. Talvez este fato tenha sido o
grande desencadeador dessa nova etapa patriótica em que mergulha o país.
Se
ele sentia que não deveríamos desistir
do país, por que estaríamos todos nós desistindo?
Frase
para reflexão.
Afinal,
se os touros soubessem da força que tem, jamais passariam a vida puxando
carroças...
Gabriel
Novis Neves
30-08-2014
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