segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Jovens


Quando o Congresso Nacional votou a lei que dava aos jovens de dezesseis anos o direito ao voto político, foi uma festa.
Nos seus primeiros anos de validade - que promovia o adolescente a cidadão com direito a escolher os nossos governantes, a adesão dos jovens foi em grande escala, ultrapassando as expectativas mais otimistas.
O comportamento dos nossos políticos foi tão decepcionante em termos de ética e trabalho para melhorar a qualidade de vida da nossa gente, que os jovens se desinteressaram por exercer o seu direito de votar.
Além do mais, os nossos políticos não conseguem falar a linguagem da juventude, sedenta pelas transformações sociais tão desejadas por todos.
Essa falta de interesse pela escolha daqueles que irão comandar o nosso futuro é um grave sinal de deterioração social.
É a reprovação da nossa juventude com a maneira de governar esta nação, onde tudo funciona na lei do toma-lá-dá-cá.
É triste verificarmos esse fenômeno. O perfil da grande maioria dos candidatos é mesmo desolador, o que só faz afastar os jovens do exercício do voto.
A política se tornou um campo fértil para que aventureiros, oportunistas, carreiristas e negociantes se apropriem do poder.
A dificuldade hoje é encontrar alguém ético para colocar o seu nome à disposição dos partidos que negociam a sua participação, atendendo o que há de mais execrável em política: a traição. 
As chapas partidárias apresentadas aos eleitores são o resultado de uma penosa seleção da cúpula do poder econômico.
Todos sabem que doações financeiras para campanhas políticas não existem, e sim, adiantamentos.
Eis uma das razões para o desencanto dos jovens desse processo eleitoral espúrio vigente neste país.
Os jovens são idealistas na sua grande maioria, razão principal do seu afastamento da luta política.

Gabriel Novis Neves
04-09-2014

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