Quando
o Congresso Nacional votou a lei que dava aos jovens de dezesseis anos o
direito ao voto político, foi uma festa.
Nos
seus primeiros anos de validade - que promovia o adolescente a cidadão com
direito a escolher os nossos governantes, a adesão dos jovens foi em grande
escala, ultrapassando as expectativas mais otimistas.
O
comportamento dos nossos políticos foi tão decepcionante em termos de ética e
trabalho para melhorar a qualidade de vida da nossa gente, que os jovens se
desinteressaram por exercer o seu direito de votar.
Além
do mais, os nossos políticos não conseguem falar a linguagem da juventude,
sedenta pelas transformações sociais tão desejadas por todos.
Essa
falta de interesse pela escolha daqueles que irão comandar o nosso futuro é um grave
sinal de deterioração social.
É
a reprovação da nossa juventude com a maneira de governar esta nação, onde tudo
funciona na lei do toma-lá-dá-cá.
É
triste verificarmos esse fenômeno. O perfil da grande maioria dos candidatos é
mesmo desolador, o que só faz afastar os jovens do exercício do voto.
A
política se tornou um campo fértil para que aventureiros, oportunistas,
carreiristas e negociantes se apropriem do poder.
A
dificuldade hoje é encontrar alguém ético para colocar o seu nome à disposição dos
partidos que negociam a sua participação, atendendo o que há de mais execrável
em política: a traição.
As
chapas partidárias apresentadas aos eleitores são o resultado de uma penosa
seleção da cúpula do poder econômico.
Todos
sabem que doações financeiras para campanhas políticas não existem, e sim,
adiantamentos.
Eis
uma das razões para o desencanto dos jovens desse processo eleitoral espúrio
vigente neste país.
Os
jovens são idealistas na sua grande maioria, razão principal do seu afastamento
da luta política.
Gabriel
Novis Neves
04-09-2014
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