Existe
um adágio popular que diz: “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Muitos acreditam nesse provérbio, e me incluo entre eles.
Todos
os meses eu escrevo e publico artigos sobre a lamentável situação em que se
encontra o nosso ensino nos seus três níveis: fundamental, médio e superior.
Montamos
a maior fábrica de analfabetos funcionais do mundo com a qualidade de ensino
ofertado aos nossos alunos.
A
criança não aprende nada no ensino fundamental, é promovido ao ensino médio,
embora muitos desistam de perder tempo nas tais escolas públicas.
O
ensino médio, ineficiente em vagas, agradece àqueles que ficam na estrada, que
representa o gargalo de acesso ao ensino superior, onde boa parcela deles
termina essa etapa sem conseguir fazer as quatro operações aritméticas.
Um
considerável número desses alunos é incapaz de interpretar um texto!
O
ensino superior, por ausência do governo, tem na iniciativa privada a supremacia
de formar, e bem, profissionais de nível superior.
Estas
faculdades particulares oferecem centenas de cursos de “cuspe e giz” e as
chamadas faculdades “nobres”, como a de medicina, mas, cobram mensalidades
inacessíveis à maioria da população brasileira que empobreceu.
As
poucas universidades públicas que oferecem os tais “nobres” cursos por mérito,
não permite o ingresso do aluno egresso do sistema público de ensino, por
deficiência de aprendizado.
Então
o governo oferece as mais variadas vagas para bolsistas com a justificativa de
corrigir erros históricos, e cria uma injustiça social impedindo os mais
preparados academicamente a ingressarem em universidades públicas, onde o
ensino é gratuito e geralmente de melhor qualidade.
O
poder público não tem vontade política para corrigir as falhas do nosso ensino
básico, obrigando, com essa visão míope, que as universidades coloquem no
mercado de trabalho os analfabetos funcionais com anel de graduação.
O
Ministério da Educação divulgou o último resultado da avaliação do ensino médio
no Brasil.
Para
a nossa vergonha, o nosso Estado ocupa o penúltimo lugar na tabela de
classificação!
Enquanto
isso estoura o escândalo na Petrobrás envolvendo dinheiro público para fins não
éticos.
Tomou
outro rumo, segundo investigações, o dinheiro que deveria ser mais bem
empregado para a melhoria do nosso ensino.
A
Revista Veja divulga a relação dos supostos autores dessa subtração orçamentária
composta da elite política desta nação.
Mais
uma humilhação nacional descoberta em momento oportuno.
Pelo
voto de coligação e preço elevado será que há possibilidade de banir essa gente
da vida pública?
Coragem,
brasileiros!
Gabriel
Novis Neves
06-09-2014
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