Um
dos resultados mais interessantes de pesquisa que já conheci foi um do
Datafolha sobre as próximas eleições presidenciais quando a Marina ainda não
era candidata.
O
Instituto merece credibilidade. Entrevistou mais de duas mil pessoas em todo o
país e fez uma série de cruzamentos de dados abordando outra série de situações
que hoje dominam nossos interesses.
Todos
os pré-candidatos ao cargo de presidente do Brasil apresentaram uma queda em
relação à mesma pesquisa realizada no mês anterior.
Uns
mais, outros menos. A surpresa ficou com o pré-candidato dos evangélicos, que
tecnicamente empatou com o candidato de Recife.
Em
compensação, os votos nulos e brancos assumiram a ponta da colocação,
demonstrando claramente o grau de insatisfação da nossa população com os
políticos, na sua maioria envolvida em falcatruas.
Uma
especialista em interpretação de pesquisa esclareceu que a presença da “boca do
jacaré” bem aberta nos gráficos, indica índices de desaprovação preocupante
para candidatos do governo.
E
nesse gráfico o bocão do jacaré era assustador! Traduzindo: na parte superior é
projetado o percentual de reprovação e na inferior o de aceitação.
Para
o candidato da continuação isso é pior que perder a Copa do Mundo, mas para os
outros o resultado não chega a ser animador.
Daí
o desespero observado nas medidas demagógicas eleitoreiras embrulhadas em forte
conteúdo de marketing jogadas à população indefesa.
Pelos
dados da mais recente pesquisa Datafolha, milhares de famílias no miserável
Nordeste, que não trabalham, pois recebem para a sua subsistência a tal bolsa
de distribuição de renda de quem trabalha, já reclamam da inflação que voltou.
Dizem
que o que recebem mensalmente não supre mais suas necessidades básicas.
Os
preços no final das feiras estão proibitivos aos bolsistas.
Por
esse fenômeno de má gestão e incompetência administrativa, a candidata da
reeleição, ou seja, da continuidade, está sofrendo mensalmente uma
significativa migração dos seus votos para outras opções.
Todos
os candidatos, pelos seus marqueteiros, estão satisfeitos, mesmo com as perdas
e o tamanho da boca do jacaré.
Só
calaram, por não terem porta-vozes, os mais de 30% dos eleitores que declararam
como seus candidatos prediletos o voto branco ou nulo.
A
luz amarela está acessa aos senhores candidatos. O brasileiro, na sua imensa
maioria, deseja mudança.
Entretanto,
esse candidato agora foi encontrado na lista da pesquisa.
O
resultado dessas eleições será uma grande incógnita. A seringueira do Acre, que
representa "um mal a Mato Grosso na visão do líder do agronegócio
aqui", ainda poderá papar esse descontentamento nacional.
Favoritos,
neste momento, não são os brancos e nulos, e sim, os que migraram, em massa,
para a magricela.
Gabriel
Novis Neves
08-09-2014
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