segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Pesquisa de início de campanha


Um dos resultados mais interessantes de pesquisa que já conheci foi um do Datafolha sobre as próximas eleições presidenciais quando a Marina ainda não era candidata.
O Instituto merece credibilidade. Entrevistou mais de duas mil pessoas em todo o país e fez uma série de cruzamentos de dados abordando outra série de situações que hoje dominam nossos interesses.
Todos os pré-candidatos ao cargo de presidente do Brasil apresentaram uma queda em relação à mesma pesquisa realizada no mês anterior.
Uns mais, outros menos. A surpresa ficou com o pré-candidato dos evangélicos, que tecnicamente empatou com o candidato de Recife.
Em compensação, os votos nulos e brancos assumiram a ponta da colocação, demonstrando claramente o grau de insatisfação da nossa população com os políticos, na sua maioria envolvida em falcatruas.
Uma especialista em interpretação de pesquisa esclareceu que a presença da “boca do jacaré” bem aberta nos gráficos, indica índices de desaprovação preocupante para candidatos do governo.
E nesse gráfico o bocão do jacaré era assustador! Traduzindo: na parte superior é projetado o percentual de reprovação e na inferior o de aceitação.
Para o candidato da continuação isso é pior que perder a Copa do Mundo, mas para os outros o resultado não chega a ser animador.
Daí o desespero observado nas medidas demagógicas eleitoreiras embrulhadas em forte conteúdo de marketing jogadas à população indefesa.
Pelos dados da mais recente pesquisa Datafolha, milhares de famílias no miserável Nordeste, que não trabalham, pois recebem para a sua subsistência a tal bolsa de distribuição de renda de quem trabalha, já reclamam da inflação que voltou.
Dizem que o que recebem mensalmente não supre mais suas necessidades básicas.
Os preços no final das feiras estão proibitivos aos bolsistas.
Por esse fenômeno de má gestão e incompetência administrativa, a candidata da reeleição, ou seja, da continuidade, está sofrendo mensalmente uma significativa migração dos seus votos para outras opções.
Todos os candidatos, pelos seus marqueteiros, estão satisfeitos, mesmo com as perdas e o tamanho da boca do jacaré.
Só calaram, por não terem porta-vozes, os mais de 30% dos eleitores que declararam como seus candidatos prediletos o voto branco ou nulo.
A luz amarela está acessa aos senhores candidatos. O brasileiro, na sua imensa maioria, deseja mudança.
Entretanto, esse candidato agora foi encontrado na lista da pesquisa.
O resultado dessas eleições será uma grande incógnita. A seringueira do Acre, que representa "um mal a Mato Grosso na visão do líder do agronegócio aqui", ainda poderá papar esse descontentamento nacional. 
Favoritos, neste momento, não são os brancos e nulos, e sim, os que migraram, em massa, para a magricela.

Gabriel Novis Neves
08-09-2014

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