terça-feira, 19 de março de 2013

Nada boa


A situação dos estados brasileiros não está assim tão boa como diz o Planalto.
Tanto é que os governadores de todas as unidades da federação estiveram reunidos em Brasília para reivindicar do governo federal alterações urgentes em, pelo menos, quatro medidas econômicas para não decretarem falência. 
Nestes últimos dez anos a situação econômica dos nossos Estados piorou, e muito. Foram abandonados e ignorados pelo governo federal, e com gestores com visibilidade eleitoral. 
 “Mato Grosso devia ao governo federal R$ 5 bilhões. Passados 10 anos, pagou R$ 6 bilhões e ainda deve R$ 5 bilhões.”
Esses números demonstram o peso na cobrança de juros e correções monetárias nas dívidas públicas do Estado para com o Governo. 
Para piorar a nossa situação, fizemos empréstimos de cerca de RS 3 bilhões para algumas obras da Copa do Mundo.
Só para o novo campo de futebol e as obras do VLT, nossas dívidas são superiores a RS 2 bilhões. 
Como e quando iremos pagar essa conta que nos será cobrada com juros e correção monetária? 
O nosso próprio governador, que não é nenhum “Profeta do atraso”, reconheceu que “não está sendo cumprido o Pacto Federativo, deixando estados e municípios em situação delicada”. 
Então, estamos entendidos. A nossa situação não é nada boa, como apregoa a campanha publicitária do próprio governo. 
Recentemente assistimos pela televisão maravilhas de depoimentos e imagens sobre o perfeito funcionamento dos nossos Hospitais Regionais, tão bem administrados pelas eficientes Organizações Sociais de Saúde.
Até pacientes particulares, que possuem plano de saúde, estão dando prioridade e se internando nos hospitais do SUS, tirando a vaga de um necessitado do quase extinto plano de saúde do governo. 
Não contando as imagens maravilhosas das nossas rodovias, responsáveis pelo escoamento das riquezas do Estado, principalmente pelos produtos do agronegócio. 
Precisamos de mais austeridade com relação aos gastos públicos e exemplos de humildade e opção pelos mais necessitados, fatores que fizeram do cardeal de Buenos Aires o novo Papa Francisco.
Só assim teremos um Estado mais justo e para todos. 
Temos que fazer o dever de casa, e não esperar pelas históricas reformas prometidas por Brasília. 
Sempre é desconfortável depender de terceiros, especialmente quando responsáveis pelo desenvolvimento de um Estado à beira da falência. 
O tempo será o julgador das nossas verdades.

Gabriel Novis Neves
14-03-2013

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