A
situação dos estados brasileiros não está assim tão boa como diz o Planalto.
Tanto
é que os governadores de todas as unidades da federação estiveram reunidos em
Brasília para reivindicar do governo federal alterações urgentes em, pelo
menos, quatro medidas econômicas para não decretarem falência.
Nestes
últimos dez anos a situação econômica dos nossos Estados piorou, e muito. Foram
abandonados e ignorados pelo governo federal, e com gestores com visibilidade
eleitoral.
“Mato
Grosso devia ao governo federal R$ 5 bilhões. Passados 10 anos, pagou R$ 6
bilhões e ainda deve R$ 5 bilhões.”
Esses
números demonstram o peso na cobrança de juros e correções monetárias nas
dívidas públicas do Estado para com o Governo.
Para
piorar a nossa situação, fizemos empréstimos de cerca de RS 3 bilhões para
algumas obras da Copa do Mundo.
Só
para o novo campo de futebol e as obras do VLT, nossas dívidas são superiores a
RS 2 bilhões.
Como
e quando iremos pagar essa conta que nos será cobrada com juros e correção
monetária?
O
nosso próprio governador, que não é nenhum “Profeta do atraso”, reconheceu que
“não está sendo cumprido o Pacto Federativo, deixando estados e municípios em
situação delicada”.
Então,
estamos entendidos. A nossa situação não é nada boa, como apregoa a campanha
publicitária do próprio governo.
Recentemente
assistimos pela televisão maravilhas de depoimentos e imagens sobre o perfeito
funcionamento dos nossos Hospitais Regionais, tão bem administrados pelas
eficientes Organizações Sociais de Saúde.
Até
pacientes particulares, que possuem plano de saúde, estão dando prioridade e se
internando nos hospitais do SUS, tirando a vaga de um necessitado do quase
extinto plano de saúde do governo.
Não
contando as imagens maravilhosas das nossas rodovias, responsáveis pelo
escoamento das riquezas do Estado, principalmente pelos produtos do
agronegócio.
Precisamos
de mais austeridade com relação aos gastos públicos e exemplos de humildade e
opção pelos mais necessitados, fatores que fizeram do cardeal de Buenos Aires o
novo Papa Francisco.
Só
assim teremos um Estado mais justo e para todos.
Temos
que fazer o dever de casa, e não esperar pelas históricas reformas prometidas
por Brasília.
Sempre
é desconfortável depender de terceiros, especialmente quando responsáveis pelo
desenvolvimento de um Estado à beira da falência.
O
tempo será o julgador das nossas verdades.
Gabriel Novis Neves
14-03-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.