Acendeu
a luz vermelha para a conclusão das obras da Copa no tempo previsto.
Sem
dinheiro, temendo um enorme desastre político e, após constatar que apenas duas
obras estão com o seu cronograma em dia, o governo do Estado não sabe mais o
que fazer.
O
problema central é a falta de dinheiro para tocar o serviço.
A
displicência e desinteresse do governo federal no repasse de verbas, a
prefeitura sem condições mínimas de arrumar algum e o governo do Estado
ultrapassando todos os níveis de endividamento, fizeram soar a sirene do perigo
iminente.
Dificuldades
até então camufladas com o movimento mínimo das obras físicas, começaram a
eclodir.
Comentários
a conta-gotas surgiram recentemente com relação à carência de leitos
hospitalares e hoteleiros.
Fala-se
em um aumento de cem leitos para atender todos os casos de saúde na grande
Cuiabá. Caso típico de amostra grátis de medicamentos que os médicos recebem em
seus consultórios, e que não servem para um tratamento.
Quanto
aos hotéis, a solução que se discute é conseguir com famílias quartos
disponíveis que funcionariam no sistema de pernoite, banho e café da manhã.
É
pouco para o maior evento esportivo do planeta.
Uma
interrogação que perambula pela cidade: o que fazer com os nossos visitantes -
setenta mil são esperados - em uma cidade sem a mínima estrutura para o turismo
e cujos poucos pontos culturais estão quase totalmente abandonados?
Tanto
o Estado como o município possuem suas respectivas secretarias de Turismo e
Cultura, com um orçamento que mal dá para pagar os seus barnabés.
Chegou
o momento de aposentar temporariamente as vaidades. Unidas, essas unidades
ficariam com um responsável e com recursos financeiros para restaurar os nossos
monumentos históricos e pontos turísticos, abundantes nesta cidade escondida
pelos interesses pessoais e péssimo destino do dinheiro público.
Cuiabá
tem quase trezentos anos de história e cultura. Seus pontos turísticos
continuam ignorados pelos nossos governantes, embora de uma invejável riqueza.
Esporte
também é cultura, e Cuiabá merece respeito.
Façamos
alguma coisa para que não paguemos o mico da Copa do Pantanal.
Gabriel Novis Neves
03-03-2013
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