Incrível
que tenhamos chegado ao século XXI imbuídos pelos mesmos conceitos arcaicos que
vêm assolando a humanidade através dos tempos.
O
mito do adultério é um deles.
A
pecha de adúltera era aplicada somente às mulheres, uma vez que os frutos
oriundos de relações sexuais que não fossem os do casamento punham em risco a
economia familiar, na época absolutamente machista.
Já
para o homem, o adultério seria uma coisa normal, uma vez que não afetaria as
leis de herança de sua prole oficializada pelo casamento convencional - até o
aparecimento do exame de sangue que identifica a paternidade (DNA).
As
mulheres se sentiam em posição confortável, mesmo sabendo que seus respectivos
maridos eram possuidores de um harém.
Assegurada
a preservação da economia do clã, tudo se encaixava nas devidas regras
contratuais, assinadas por ambos os cônjuges, inclusive com sua cláusula maior,
“até que a morte os separe”, tudo isso diante de testemunhas, como acontece nos
contratos comerciais.
Consta,
inclusive, que esta seria a maior razão para impedir que a igreja católica
aceitasse o casamento de eclesiásticos, já que os bens, normalmente das
igrejas, passariam para esposas e filhos de padres. Faz bastante sentido.
Com
a entrada das mulheres no mercado de trabalho, mudaram drasticamente as
relações no casamento e, principalmente, o conceito de adultério, já agora
questionado por aquelas que dividem as despesas familiares e, até algumas
vezes, responsáveis pela sua total manutenção.
O
mito da poligamia continuou, só que agora assombrado pelo mito da poliandria.
Enfim,
tudo mudou drasticamente.
Apenas
a instituição casamento continuou obsoleta e, não por acaso, vem se esfacelando
através dos tempos.
Já
é grande o número de jovens que prefere uma experiência conjugal fora das
regras pré-estabelecidas de um “enquanto dure”, ao invés de um “até que a morte
nos separe”.
Quanto
aos preconceitos, que o homem pós-moderno passe a entender que só existe uma
real posse no mundo, a posse de si mesmo, de seus pensamentos, seus sonhos e
seus desejos.
Tudo
o mais não passa de mentiras que nos fizeram acreditar, e com as quais
convivemos com muita dificuldade.
Einstein
já dizia que “era mais fácil destruir um átomo do que a estupidez humana”.
Gabriel Novis Neves
01-03-2013
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