segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Hummm!!!

A presidente foi à ONU, falou grosso e condenou as práticas protecionistas dos chefes de Estado de todo o mundo. Ela acha que devem ser combatidas, porque promove competitividade de forma espúria e fraudulenta.

Tudo bem, se o seu governo não tivesse colocado em prática, dias antes da sua viagem, um aumento de 30% na taxação do IPI dos carros importados, que é um protecionismo.

A Prefeitura de Cuiabá não tem recursos para nada. Mesmo assim, destinou 200 mil reais à vice-prefeitura, que não existe desde a desincompatibilização do prefeito titular para ser candidato, e em seu lugar o vice assumiu.

A Câmara de Vereadores de Cuiabá inaugurou o período de economia nos gastos públicos. Aumentou em seis, o número de vereadores para as eleições do ano que vem, e reajustou o valor da verba de gabinete deles mesmos, em 87%.

No governo do Estado é proibido gastar. Economia total para fechar o ano sem deixar de pagar os seus servidores.

Ao mesmo tempo o Executivo entope o Legislativo com mensagens criando novos órgãos, como foi a super estrutura da Secretaria da Copa com um número alto de secretários adjuntos e de assessores. Não contente com a contenção de gastos, o governo ainda pediu autorização ao Legislativo para a criação de Agências Reguladoras.

Os fornecedores da prefeitura e do Estado estão desesperados. Não conseguem receber pelos serviços contratados e executados. O ano está terminando e eles conhecem muito bem esse filme de restos a pagar, precatório e o tradicional calote.

A nossa austera Assembléia Legislativa entrou na onda de contenção de gastos. Reajustou as verbas indenizatórias dos gabinetes dos deputados em apenas 33%, a partir do próximo ano.

O Tribunal de Contas, solidário, fez concurso para oito conselheiros substitutos, para cobrir as férias dos sete titulares.

Situação difícil é a do Tribunal de Justiça, que deve aos seus servidores mais de R$ 300 milhões.

Claro que a nossa UFMT também entrou na onda de economizar. Decidiu suspender as 37 vagas que seriam oferecidas para estudantes estrangeiros, gerando uma baita economia.

O nosso Brasil é assim: cheio de contradições.

Como diz o velho ditado popular: “Faça o que digo e não o que faço”.

Hummm!!!

Gabriel Novis Neves

15-10-2011

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