A presidente foi à ONU, falou grosso e condenou as práticas protecionistas dos chefes de Estado de todo o mundo. Ela acha que devem ser combatidas, porque promove competitividade de forma espúria e fraudulenta.
Tudo bem, se o seu governo não tivesse colocado em prática, dias antes da sua viagem, um aumento de 30% na taxação do IPI dos carros importados, que é um protecionismo.
A Prefeitura de Cuiabá não tem recursos para nada. Mesmo assim, destinou 200 mil reais à vice-prefeitura, que não existe desde a desincompatibilização do prefeito titular para ser candidato, e em seu lugar o vice assumiu.
A Câmara de Vereadores de Cuiabá inaugurou o período de economia nos gastos públicos. Aumentou em seis, o número de vereadores para as eleições do ano que vem, e reajustou o valor da verba de gabinete deles mesmos, em 87%.
No governo do Estado é proibido gastar. Economia total para fechar o ano sem deixar de pagar os seus servidores.
Ao mesmo tempo o Executivo entope o Legislativo com mensagens criando novos órgãos, como foi a super estrutura da Secretaria da Copa com um número alto de secretários adjuntos e de assessores. Não contente com a contenção de gastos, o governo ainda pediu autorização ao Legislativo para a criação de Agências Reguladoras.
Os fornecedores da prefeitura e do Estado estão desesperados. Não conseguem receber pelos serviços contratados e executados. O ano está terminando e eles conhecem muito bem esse filme de restos a pagar, precatório e o tradicional calote.
A nossa austera Assembléia Legislativa entrou na onda de contenção de gastos. Reajustou as verbas indenizatórias dos gabinetes dos deputados em apenas 33%, a partir do próximo ano.
O Tribunal de Contas, solidário, fez concurso para oito conselheiros substitutos, para cobrir as férias dos sete titulares.
Situação difícil é a do Tribunal de Justiça, que deve aos seus servidores mais de R$ 300 milhões.
Claro que a nossa UFMT também entrou na onda de economizar. Decidiu suspender as 37 vagas que seriam oferecidas para estudantes estrangeiros, gerando uma baita economia.
O nosso Brasil é assim: cheio de contradições.
Como diz o velho ditado popular: “Faça o que digo e não o que faço”.
Hummm!!!
Gabriel Novis Neves
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