A última viagem da presidente aos países desenvolvidos me deixou totalmente embasbacado.
Não é que a nossa professora de artes marciais saiu por aí dando lições de economia, de transparência nos atos governamentais e de como governar bem uma nação?
Fiquei com receio da reação desses seus alunos estrangeiros. Afinal, a principal preocupação deles é com a educação, tanto que, no último ranking mundial, papou os primeiros lugares. Enquanto isso, a USP – uma das melhores universidades brasileiras – ocupou a honrosa colocação de número 176 entre as 200 mais importantes.
Esses países que receberam as aulas são viciados em ganhar o prêmio Nobel da Academia Sueca, fato jamais conseguido pelo Brasil, embora nações menores sul americanas, que priorizam a educação, já o tenham conquistado.
Nosso negócio é analfabetismo, miséria, corrupção e impunidade. Quando os suecos colocarem esses quesitos em julgamento, ganharemos o Nobel.
Não sou radical e reconheço que a corrupção não é privilégio nosso. A diferença é que nos países que receberam as lições de como bem governar, a corrupção é punida.
Se não fazemos o dever de casa, que socialmente está bem desarrumada, como vamos ensinar?
Ceremecê, cacique dos xavantes dizia: “Ninguém ensina o que não sabe”.
Convivendo com tantos problemas inexistentes nos países selecionados para o curso gratuito, não culpo a professora pela aula lida, e sim pelo autor do documento lido, e que foi motivo de deboche no mundo todo.
Está suspensa a faxina em Brasília. Justificativa: governabilidade. Essa limpeza superficial serviu apenas para enfraquecer o seu vice, mas parece que o tiro saiu pela culatra.
Para o reparo do “dano” causado ao seu sócio majoritário, as recompensas foram pagas com juros exorbitantes.
O francês da camareira foi preso, perdeu um dos cargos mais cobiçados do mundo e a condição de ser pré-candidato ao governo da França.
Os aloprados, sanguessugas, o médico de Ribeirão Preto e a sua estabanada antecessora foram todos inocentados.
Um ex-ministro da justiça conseguiu facilitar a fuga de um seu cliente médico condenado em quase 300 anos pelos crimes praticados. Colocou o rico felizardo em um país que não tem com o Brasil o contrato de extradição.
O prestígio da nossa professora é tão alto que ela agendou um encontro com o presidente da FIFA em Bruxelas, para discutir a meia-entrada nos jogos da Copa do Mundo para crianças, idosos, deficientes etc.
Ele simplesmente mandou um funcionário da FIFA para o encontro.
Que essa desastrosa tour sirva de lição. Vamos cuidar do nosso arroz com feijão: educação, saúde, segurança, criminalidade, corrupção, impunidade, analfabetismo e miséria.
Diante de tamanho vexame, é para ficarmos embasbacados com as atitudes dos nossos dirigentes maiores.
Gabriel Novis Neves
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