Estamos na chamada semana gorda - aquela que antecede os quatro dias oficiais do nosso carnaval -, com direito a feriado nacional no último dia do calendário.
Na verdade, o carnaval, no país do carnaval, é comemorado o ano todo.
Diz uma velha lenda que as atividades no Brasil iniciam-se somente após o carnaval.
No entanto, tem muita gente já em acelerados preparativos para, daqui a quarenta dias, fazer outra parada para recuperar as energias.
É a Semana Santa, conhecida como a semana das praias.
E por aí vamos o ano inteiro: intercalando festas profanas com festas religiosas e festas cívicas, como a Semana da Pátria.
Os estudantes inventaram a Semana do Saco Cheio, quando paralisam as atividades acadêmicas, o que, no país do carnaval, já virou tradição.
Feliz do povo que tem tanto a comemorar! Não esquecendo aquelas datas criadas para alavancar as vendas do comércio. As mais fortes são aquela em que se comemora o nascimento de Cristo e aquela dedicada às mães – empatadas tecnicamente.
Que bom seria se pudéssemos também comemorar a semana do ensino de qualidade, da saúde pública de primeira classe para todos os brasileiros, do final da violência, da justiça imparcial, e a do fim da corrupção no Brasil.
Esta última, então! Seria uma festa de arromba! Os maus políticos seriam malhados e queimados em praça pública, qual Judas Iscariotes.
Mas, agora é carnaval! Li certa vez que o homem tem certeza de uma só coisa – da morte. Mas, para o brasileiro, a única certeza é a do carnaval do próximo ano.
Porém, um alerta! Não deixem que a semana gorda seja transformada em obesidade mórbida.
Boa sorte, Rei Momo!
Gabriel Novis Neves
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