sexta-feira, 11 de março de 2011

Mulher

Gostaria de homenagear a mulher, mas não no terceiro dia de carnaval.

Nada de misturar festa profana com a admiração quase divina que tenho pela mulher.

Senhora da Criação, a mulher reina por todo o ano, e não deve ser reverenciada somente em data específica, que, nos dias atuais, ganhou um caráter meramente comercial.

Muito já se falou sobre a mulher. Todos reconhecem a fibra, a coragem, a apurada sensibilidade, a ternura, a delicadeza e a aparente fragilidade com que as mulheres são dotadas.

Hoje, quero falar da minha relação com a mulher.

A mulher sempre esteve fortemente presente em todos os estágios da minha vida.

A primeira delas, claro, foi minha mãe. Com sabedoria divina – própria a todas as mães - ensinou-me os valores permanentes da vida.

Outra mulher marcante na minha vida foi minha primeira professora. Fui alfabetizado por uma mulher, que, além de me revelar o mistério das letras, me preparou para o ensino religioso.

Durante muitos anos, no Rio de Janeiro, morei em uma pensão comandada por uma mulher. E foi enriquecedor. Foi a minha primeira experiência de convivência diferenciada.

Por reconhecer a grandeza da alma feminina, na faculdade de Medicina, resolvi dedicar atenção maior ao estudo da saúde da mulher.

Assisti ao nascimento de mais de dez mil crianças, e, confesso, aprendi mais com essas mães-mulheres do que ajudei.

Com o passar dos anos, ia ficando cada vez mais hipnotizado por esse ser maravilhoso e diferenciado que é a mulher.

Nas atividades públicas que exerci, sempre ocupei secretarias femininas no Estado.

A secretaria de educação, no início da segunda metade do século XX, majoritariamente era de professoras.

A de saúde, centrada na atenção básica, tinha como público alvo, principalmente, a mulher e seu filho. Era a mulher que lotava os postinhos de saúde.

Vou para a universidade, e por longos anos, antes de qualquer movimento reivindicatório, a mulher já ocupava cargos estratégicos e importantes na administração superior.

Quantos projetos, orgulhos da nossa quarentona UFMT, não brotaram de corações femininos?

Poderia escrever um livro, e dedicar à atual reitora - que foi dessa geração - sobre a influência da mulher na implantação da UFMT.

Não é exagero dizer que devo muito à mulher. E, na figura inesquecível daquela que foi minha companheira por longos e frutíferos anos, daquela que foi meu refúgio de paz e tranquilidade, homenageio todas as mulheres – aconchego da vida!

Gabriel Novis Neves

08-03-2011

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