sexta-feira, 9 de julho de 2010

Trânsito

Avenida Miguel Sutil, às oito horas da manhã de um dia normal de trabalho. Caos no trânsito. As várias rotatórias existentes ao longo da avenida, simplesmente não rodam, e o trânsito fica totalmente engarrafado. São Paulo e Rio de Janeiro, só para citar dois estados, enfrentam o mesmo angustiante problema. A via expressa da Marginal Tietê, na capital paulista e a Avenida Atlântica, no Rio, além é claro, do centro dessas cidades, o trânsito na hora do chamado rush é de enlouquecer.

Cuiabá enfrenta o problema de tráfego cheio de congestionamentos já há algum tempo. Nota-se claramente o problema na avenida que dá acesso ao Centro Político Administrativo. Lá estão localizados os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Tribunal de Contas, Federações, Institutos, Fundações, etc..., formando uma verdadeira cidade. Não disponho de dados para informar o número de habitantes burocráticos, mas provavelmente deve estar entre as dez cidades mais populosas do estado. Cheguei a esta conclusão pelos valores dos holerites ali circulantes, causadores de inveja a maioria dos nossos municípios.

O centro de Cuiabá é totalmente desaconselhável para o trânsito de automóveis em dias de trabalho. Temos na Praça Alencastro um edifício que abriga muitos servidores, que é o local de trabalho do Prefeito. A Avenida Miguel Sutil também é uma via muito importante para se chegar ao bairro do CPA, que possui mais de cem mil habitantes, além das Avenidas das Torres e Archimedes Pereira Lima. Não sei como os nossos engenheiros de trânsito encontrarão, com autonomia técnica, uma solução para este grave problema - que cada dia se agrava mais. É o fenômeno típico da cidade que cresceu sem planejamento. Estamos em época de colheita, lembrando que o se planta é o que se colhe.

O problema da mobilização motorizada é grave em Cuiabá, e a Copa se aproxima. Haja grana para viabilizar uma solução técnica eficaz para amenizar, ou resolver, o caótico trânsito da nossa cidade. O governo federal sempre foi avarento e geralmente não cumpre com os seus compromissos. Mato Grosso até hoje não recebeu toda a verba que lhe foi prometida, por ocasião da divisão do estado, e que sempre nos fez muita falta. Recentemente temos o fiasco dos recursos não liberados para o PAC I, e já lançaram o trilhardaço PAC II. A nossa Prefeitura desde o início do projeto Copa confessou não possuir um vintém para gastar, e nem possibilidade de captar recursos em bancos. O Estado diz que tem guardado os recursos financeiros para a Copa, debaixo do colchão. Na verdade está blefando, tanto é verdade que aprovou a toque de caixa na Assembléia Legislativa uma lei “especial” para o governo poder tomar dinheiro emprestado, já que o seu limite constitucional para empréstimos estava estourado. Resumindo: quem pagará a Copa serão os meus bis e tetra netos. E a solução para o trânsito de Cuiabá gente?

Gabriel Novis Neves
01/05/2010

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