quinta-feira, 1 de julho de 2010

Agora são livros

Camisas sempre estiveram no topo dos presentes que ganhei ao longo da minha vida. Hoje possuo um estoque, que me permite às vezes presentear os meus amigos com algumas.

De uns tempos para cá, entretanto as camisas estão perdendo o seu posto de primeiro lugar na preferência de presentes de Natal, Aniversário, Dia dos pais, e como lembranças de uma viagem. Não reclamo, mas as camisas que tenho no armário são suficientes para utilizá-las pelo tempo de jogo da vida que o Nosso Juiz Maior determinar.

Tenho notado que agora são os livros que estão substituindo as camisas nos dias programados pelo comércio, e determinados pela nossa cultura, como o dia de se receber e dar presentes. Como quase não saio de casa eu preciso mais de livros que de camisas, assim devem pensar os doadores, e eu também. Sazonalmente me chegam às mãos livros de amigos que tem a santa paciência de ler os meus pobres escritos. Neste caso, o intuito deve ser o de me aculturar, para a difícil missão de escrever. Não recebo uma única linha de pensamentos, porém assuntos são os mais curiosos possíveis. O bom é que leio a todos, e como uma “Maria vai com as outras”, termino gostando de todos.

Irei citar as minhas últimas leituras: Glorinha Kalil – “Etiquetas”. Danuza Leão – “Biografia”. Leila Diniz – “Perfis brasileiros”. Heliophar – “As Flores que não morrem”. Do gastroenterologista Benedito Borges – “Porque o mundo está redondo”. “Trabalho Escravo” e “Agropecuária, atividade de alto risco” do jornalista Nelson Ramos Barreto. O conteúdo desses dois últimos livros eu comentarei após o término das Convenções Políticas e da Copa do Mundo. O assunto é muito sério, e interessa ao mato grossense especialmente.

A dificuldade que terei será a de interpretar o livro do meu colega gastroenterologista - “Porque o mundo está redondo”. No curso primário a minha professorinha me ensinou o bê-á-bá, e que o mundo ou a terra, como preferirem, era redonda. O que é redondo hoje são as pessoas, vítimas de uma alimentação inadequada e prejudicial à saúde. O pior é que o autor contraria autores modernos, que afirmam que o mundo é plano. Ele é especialista em redução de estômago, em pacientes redondos - que nós chamamos de pacientes de obesidade mórbida. Prefiro viver em um mundo plano, onde nunca correrei o risco de me encontrar com o passado, onde os bons e maus momentos, jamais voltarão. No mundo plano estamos sempre procurando caminhos. “Porque o mundo está redondo”, me faz pensar em clientes do meu colega fazendo pré-operatório para a grande transformação anatômica, especialmente da “barriga” redonda, para um modelo “abdome tanquinho”.

Neste momento de tantas indagações que o livro - “Porque o mundo está redondo”, me despertou, acho que chegou o momento de ficar por aqui com as minhas indagações. No dizer do Mário Quintana, “Quando alguém pergunta a um autor o que quis dizer, é porque um dos dois é burro.”

Será que sou eu? Vou pensar no assunto...

Gabriel Novis Neves
27/06/2010

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