segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Saco plástico

Sempre acontece na esquina da minha rua. Não sei se é provocação do pessoal do “reclame - propaganda” ou implicância minha. Li no outdoor, que só de apoio tinha mais nomes que time de futebol, a seguinte mensagem: “Coloque o lixo da sua casa em um saco plástico. Com isso você estará evitando milhares de mortes pela dengue”. O governo achou o culpado pela dengue. Sou eu! Sempre coloquei o meu lixo no saco plástico, mas agora ninguém passa para recolhê-lo. Estou como a maioria da população - com sentimento de culpa com o que está acontecendo.

Há algum tempo atrás alertei as autoridades para esse sério problema de saúde pública. Nenhuma providência prática foi tomada – só ficaram nos discursos bem formatados e aulas de estatística. Discurso e estatística não matam o mosquitinho! Não contando o empurra-empurra para saber se o mosquitinho é federal, estadual ou municipal.

Enquanto se realizavam as reuniões burocráticas, os hospitais estavam superlotados e crianças e adultos morrendo. Diante do fracasso do poder público, o exército brasileiro foi convocado, pois se tratava de uma guerra a favor da vida. Constitucionalmente o exército tem outras funções. O exército de que precisamos foi extinto pelos burocratas e sábios de Brasília. Falo do exército dos “mata mosquitos”, que vive na memória dos mais antigos. Esse exrcito passava o ano todo colocando a sua bandeirinha na casa visitada e fazendo o trabalho nos imensos quintais cuiabanos. Naquela época não tínhamos a dengue, tínhamos o exército contra o mosquitinho.

Agora, Inês está morta! Só nos resta rezar e pedir que o tempo passe rápido. A esperança é o último sentimento que o homem perde. Ainda há vida! Ainda há esperança!

Gabriel Novis Neves
06/01/2019

Um comentário:

  1. É verdade Dr. Gabriel. Se o senhor está se referindo a aquele exército da SUCAM, meu pai, hoje aposentado, era desse exército que dava conta do recado contra os mosquitos que transmitiam essa e outras doenças. Uma pena que aqueles homens da SUCAM foram substituídos pela modernidade dos agentes de saúde...nada contra, mas estes não são nem mais eficientes, nem eficazes, muito menos efetivos contra o mesmo mosquito que os "Malária" combatiam. E o poder público fica jogando a culpa na população, esperando que ela "se conscientize"...Vai levar gerações para isso acontecer.

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