quinta-feira, 8 de outubro de 2009

CONTROLE REMOTO

Todas as vezes que tomo conhecimento de uma conquista tecnológica penso logo nos benefícios que a humanidade ganhou. Era para ser sempre assim. Na prática verifico que não é isto que ocorre e, em muitas ocasiões, a humanidade é prejudicada pelas tais conquistas.

Vejam o resultado do enriquecimento do Urânio - ganhamos a bomba atômica. Com um simples aperto no botão que dá comando à bomba, o mundo seria destruído, ou parte dele, em segundos.

Outro exemplo menos sofisticado: a invenção do controle remoto da TV. Deitado na cama, ou espichado em um sofá, desfilamos pelo mundo procurando músicas, notícias, esportes e filmes pela nossa TV digital.

Nos dois casos citados não houve ganho para a humanidade. Em um exemplo matamos, em outro, produzimos doenças relacionadas ao sedentarismo.

Outro exemplo de conquista tecnológica, que no meu entender é retrocesso, se refere ao gestor público, ou privado, que recebe comando através de controle remoto acionado pelos seus chefes. Este é o pior exemplo de conquista tecnológica.

Essa gente estimulada à distância, esquece que somos seres racionais, humanos e aceita executar tarefas de robôs. Os resultados são sempre desastrosos.

A grande diferença da vida na Terra é que apenas os humanos são racionais. No momento em que renunciam (não confundir com abdicar) deste privilégio concedido por Deus, se transformam em objetos de uso. Como todo objeto de uso está sujeito ao descarte prematuro diante do surgimento de novas tecnologias ou por desempenho inadequado.

Aquela velha historia da minha avó continua valendo: “A moeda tem duas faces, a face da conquista e a face da compreensão humana”, e muitas vezes elas não se correspondem.

Como “Índio Véio” enfrento as inovações tecnológicas igual aquele índio do “pezinho pra frente, pezinho pra trás”.

Gabriel Novis Neves
05.10.2009

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