domingo, 7 de dezembro de 2025

O CAMPUS CUIABÁ DA UFMT


Numa noite tranquila de domingo, sem muito o que fazer, naveguei pelo Youtube e encontrei um vídeo da TV Universitária sobre o local escolhido para a implantação da nossa querida UFMT. 

 

O passeio começa pela guarita da Avenida Fernando Corrêa, tratada como se fosse a entrada principal da universidade. 

 

Senti falta de referências importantes, como a escultura de Wlademir Dias-Pino, marco simbólico e artístico da Cidade Universitária, carregada de significado. 

 

O narrador observa, com razão, que Cuiabá é uma cidade quente e que o campus é bastante arborizado. 

 

O que não se diz é que aquelas árvores não nasceram ali por acaso: foram plantadas, uma a uma, sobre o antigo cerrado do Coxipó. 

 

Ao longo da apresentação, percebe-se como o tempo transforma os lugares e, por vezes afasta a universidade de sua comunidade. 

 

O antigo zoológico universitário foi fechado; a piscina, antes frequentada por visitantes com carteirinha de saúde, hoje permanece silenciosa. 

 

O chamado casarão, aparece nas imagens, mas sem a explicação de sua origem: construído pelo MEC para formar professores da rede pública, ali eles estudavam, se alimentavam e moravam. 

 

O vídeo mostra também o Teatro Universitário, porém deixa de registrar detalhes simbólicos que fazem parte de sua história. 

 

O mesmo acontece com as antigas sedes da Reitoria, sendo a atual, provisória, instalada na Biblioteca Central, há mais de quatro décadas. 

 

Ainda assim, prefiro acreditar numa utopia possível: a de uma universidade que abraça sua cidade, preserva sua memória e conta sua própria história com o cuidado que ela merece. 

 

Campus não é só prédio e árvore. 

 

É gente, memória e significado. 

 

Gabriel Novis Neves 

30–11–2025










Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.