Dessa
maneira carinhosa costumo chamar as professoras da ampla base da pirâmide do
nosso sistema de ensino, principalmente aquelas responsáveis pela alfabetização
das crianças.
Delas
pouco se fala, e a atenção a elas dispensada é quase nula na sua valorização,
aperfeiçoamento e respeitos profissional e humano.
São
verdadeiras educadoras, despojadas, dedicadas, autênticas heroínas anônimas,
desempenhando na sociedade um papel dos mais relevantes - que é retirar das
trevas da ignorância milhares de crianças, futuro de uma nação.
É
uma arte conseguir fazer uma criança escrever e ler, assim como é um desafio
aprender.
O
papel da nossa “professorinha” é fundamental no despertar da curiosidade
infantil para a motivação aos primeiros conhecimentos.
Em
país burocrático de falsos valores acadêmicos, essas verdadeiras benfeitoras
são totalmente abandonadas pelos responsáveis pelo poder.
Não
à toa nossa educação caminha tão mal avaliada, apesar de termos aumentado o
número de professores com graduação e pós-graduação na rede pública de ensino.
Incentivos
ao ensino fundamental, especialmente nos quatro primeiros anos, seria o correto
para melhorar a nossa desqualificada educação, quando comparada aos países mais
desenvolvidos.
Alguma
valorização salarial existe apenas aos professores do topo da pirâmide
acoplados ao ensino superior.
Esquecemo-nos
da nossa defesa e a tragédia dos 7X1 nos perseguirá diante de países como a
Alemanha, onde crianças analfabetas não existem e o ensino superior propicia
pesquisas e inovações tecnológicas.
Por
essa distorção de não agregar profissionalmente nossas “professorinhas” ao
esforço nacional de transformação desta nação, colhemos o produto dessa visão
equivocada, que é o analfabeto profissional, atingindo os três níveis do nosso
ensino.
Vamos
valorizar as nossas “professorinhas” para evitar a sua extinção dando-lhes
melhores condições de trabalho?
Gabriel
Novis Neves
20-01-2015
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