terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Atração


Acredito na “lei da atração”, aquela que incorpora em determinadas pessoas sofrimentos evitáveis.
Na prática da medicina verificamos que essa patologia é de difícil tratamento, por apresentar sintomas menos explícitos.
Os orientais sabem muito bem distinguir seus avanços tecnológicos, científicos, educacionais, na saúde e até na conquista de prêmios Nobel, dos desconfortos emocionais.
Nos países de baixa escolaridade, quando o médico, após ouvir atentamente as queixas do seu paciente e examiná-lo clinicamente, disser que ele está “incorporando sentimentos desnecessários” na sua vida, aumentando uma dor banal, por exemplo, está arriscado a cair em descrédito profissional.
Exercer eticamente a medicina nessas situações complicou mais ainda com a massificação da Internet e do seu doutor Google.
Os pacientes chegam à consulta exigindo do médico apenas a validação do diagnóstico que acham que fizeram através da internet.
Mal sabem que a medicina não é uma ciência exata e que cada caso médico é um caso diferente.
Confiança no médico e tempo disponível para um bom atendimento são ingredientes importantes para a prevenção da “lei da atração”.
Helen Keller definiu muito bem sobre o que tentei passar neste artigo.
 “Atraímos sobre nós sofrimentos desnecessários quando exageramos a extensão da nossa dor”.
Quantas vezes não utilizamos, inconscientemente, este recurso para fazer uma chantagem emocional ou mesmo para agredir as pessoas que nos são queridas?
Não usemos o desnecessário para o sofrimento inútil! - mesmo se for para tirar certas vantagens.
A vida é tão boa quanto mais vivida na verdade e na simplicidade.
Mas, “às vezes é preciso recolher-se”, Lia Luft.

Gabriel Novis Neves
18-02-2015

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