Constato
que o velho ditado “cada povo tem o governo que merece”, é de uma verdade
assustadora.
Num
aparte absolutamente surreal, um parlamentar recém-reeleito com uma votação
expressiva, teve o despudor de agredir de forma cruel, não só uma colega de
trabalho, mas toda a população feminina do Brasil.
Seu
descalabro foi de tal ordem que, com microfone aberto para todo o país,
declarou não estuprar a colega em questão por ela não merecer essa intenção.
Tudo
porque a deputada em questão criticava práticas violentas ocorridas durante a
ditadura no Brasil.
Além
da grosseria inominável, mostrou ainda uma enorme burrice ao descriminalizar
uma prática repulsiva.
Até
nas piores casas de detenção, estupradores, geralmente, são vistos como
monstros e, não raro, lá mesmo são eliminados.
Como
pôde um elemento desta categoria ter conseguido a maior votação em um estado
como o Rio de Janeiro, antes considerado o mais politizado do país?
Fatos
como esse faz com que me sinta envergonhado diante de comportamentos machistas,
como se na Idade Média ainda estivéssemos.
Parlamentares
não podem confundir o Congresso Nacional com um reles bordel, onde baixezas de
toda ordem podem ser proferidas impunemente.
Que
as autoridades competentes tomem as medidas necessárias para que pessoas desse
nível não continuem constrangendo, não só os seus pares, mas toda a população
brasileira.
Se
nada for feito, estaremos legitimando a falta de decoro parlamentar, impensável
e repugnante em uma democracia séria.
Com
a palavra, os senhores parlamentares!
Gabriel
Novis Neves
10-02-2015
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