Chegou
a hora de virarmos o disco! - como nos bons tempos das “bolachas” de vinil de
quarenta e cinco rotações por minuto com uma canção de cada lado.
Naquela
época existia a profissão de “virador de disco”, pois, de três em três minutos
a música terminava e o ambiente onde estavam instaladas aquelas vitrolas não
suportava ficar sem a alegria da musicalidade.
Então
virávamos o disco para ouvirmos a outra canção.
Cansados
das músicas pegávamos outra “bolacha” e repetíamos o ritual.
Virei
muito disco no Bar do Bugre...
Pelos
jornais as notícias são as de sempre, parecidas com as poucas músicas dos
discos de vinil.
Cofres
públicos vazios com dívidas milionárias a pagar; demissões em massa de
servidores comissionados, para futuras substituições; instalação de comissões
para apurar falcatruas cometidas nos governos anteriores; dezenas de auditorias
analisando o passado da administração findante.
Orçamento
trancado, cuja abertura só sabe Deus; obras paralisadas; greves nos serviços
essenciais pipocando.
Solução
para os problemas? Nenhum. Apenas, queixas.
Precisamos
virar o disco antes que a agulha, presa ao pesado braço da vitrola, fure o
vinil da alegria.
No
caso, seria a paciência do pagador de impostos.
Queremos
soluções urgentes, aquelas que foram amplamente apresentadas nos programas
gratuitos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Até
agora, passado os primeiros trinta dias do novo governo, só ouvimos lamúrias e
recebemos um pacotão de aumento de impostos.
Para
complicar, ficou evidente a nossa péssima infraestrutura - como no setor
elétrico com os seus frequentes apagões.
Em
um país cujo crescimento será zero em 2015, é fácil entender que temos de virar
ou mudar o disco.
Sem
música não suportaremos este estado de verdadeira calamidade pública.
Não
há luz no final do túnel! Muito medo, sim.
Gabriel
Novis Neves
22-01-2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.