O
governo estadual passado, motivado pelos jogos da Copa em Cuiabá, extrapolou
todos os limites de segurança orçamentária para em, apenas quatro anos, tentar
mudar a cara da nossa quase tricentenária capital.
Obras
arrojadas foram colocadas em execução, muitas delas além das exigidas pela FIFA
e não condizentes com o orçamento do Estado.
Os
poucos compromissos do governo federal com recursos, como os destinados à
reforma e modernização do Aeroporto Marechal Rondon e às obras de mobilidade
urbana, não foram cumpridos.
A
tão falada parceria com a iniciativa privada objetivando a construção da Arena
Pantanal não saiu do discurso, onerando os cofres públicos em torno de
seiscentos milhões de reais.
É
bom frisar que essa obra ainda não foi terminada por falta de pagamento do
Estado.
Durante
os quatro jogos da Copa foram realizados esforços plásticos provisórios que
encantaram a todos: público e imprensa.
O
governo do Estado, protegido pelas leis especiais estaduais e federais, foi
fundo aos bancos privados e oficiais atrás de empréstimos, complicando ainda
mais o futuro do desenvolvimento do Estado, tudo isso “dentro da legalidade”
que a Copa permitia.
Afinal,
era o nome e o prestígio do Brasil que estavam em jogo, repetindo a situação da
África do Sul que ficou em extrema penúria após a Copa tendo de demolir
milionárias Arenas para evitar gastos maiores.
Até
hoje muitas obras não foram terminadas por atrasos do pagamento das medições em
serviços realizados, cofres vazios, além da falação dos preços das mesmas e da
qualidade dos projetos feitos às pressas.
A
verdade é que a minha cidadezinha está irreconhecível, com aspecto de
metrópole.
A
grande Cuiabá ficará maior e melhor após a conclusão das obras – o que
constatei em manhã calma de clima ameno durante três horas de andaço de carro.
Como
a política atual é de conclusão de obras inacabadas, está nisso incluído o
esqueleto do hospital do CPA iniciado em 1984, batizado agora como Centro
Médico Materno-Infantil.
Terá
duzentos leitos, serviço de apoio, ambulatórios, e isso já consegue me deixar
animado com essa nova visão de concluir as chamadas obras inacabadas da Copa
7X1.
Essa
decisão política representa quebra de paradigmas, onde governo novo não
reconhece dívidas passadas e nem conclui obras herdadas dos seus antecessores,
salvo raríssimas exceções.
O
término dessas obras proporcionará um choque de desenvolvimento e um grande
presente para Cuiabá.
O
mérito das melhorias urbanas ficará com dupla paternidade e a nossa população
jamais se esquecerá dos seus verdadeiros benfeitores.
Gabriel
Novis Neves
25-01-2015
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