sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O ano promete


O ano de 2015 promete grandes emoções ao povo brasileiro.
A crise energética aumentou, a água acabou, a inflação disparou, nossa moeda se desvalorizou, o desemprego na indústria é preocupante e o comércio, em desespero, espera pelo pior.
O poder estabelecido, totalmente atordoado, aumentou sem piedade os inúmeros impostos e taxas, e está a ponto de paralisar o país.
A vergonhosa e interminável crise na nossa maior empresa, a Petrobras, teve parte de seu desfecho esperado há tempos - a renúncia de toda a sua suspeita diretoria. Mas, sem maiores explicações à nação.
Finalmente apareceu no quadro do próprio governo um nome para tentar lidar com tantas incongruências.
Os escândalos não param de pipocar nas mídias, ocupando quase o tempo integral de todos os noticiários.
O governo, com essa primeira indicação, não conseguiu agradar ao mercado financeiro, não impediu a queda de ações e só aumentou o descrédito generalizado.
Sua intenção era apenas blindar o partido que lhe dá sustentação e os seus líderes.
Segundo os cientistas políticos mais eminentes, o cenário desenhado caminha para soluções, se não traumáticas, pelo menos muito preocupantes.
É torcer pra que não se confirme a reprise de antigos filmes sul-americanos de conquista do poder.
A situação nos Estados é um pouco mais complicada.
Os atuais governadores, para aparecerem sempre na mídia, anunciam diariamente demissões de servidores comissionados alegando economia para que possam investir em seus programas sociais.
Entretanto, a verdade é que esses valores pouco representam diante dos enormes juros bancários com os quais terão de arcar, para saldar compromissos assumidos.
As greves anunciadas por melhores salários e condições de trabalho já se espalham, principalmente nas áreas prioritárias, tais como saúde, educação, segurança e transporte.
Apesar de toda essa balbúrdia, as mídias se esforçam para mostrar ao mundo que a nossa alegria carnavalesca é muito maior que qualquer crise político-financeiras que possa ameaçar a confiança no país do futuro que continuamos a ser.
Isso servirá para confundir ainda mais os nossos investidores estrangeiros que preocupadamente acompanham o nosso fiasco gerencial.
Chuvas, e essas de comissões de inquérito, são esperadas como as esperadas águas de março.
A rigor, os prognósticos não são nada favoráveis a curto e médio prazos, conforme os nossos desejos de ver uma nação livre e desenvolvida para as próximas gerações.
A incompetência, a falta de ética e a ausência de compromissos republicanos foram decisivas para esse estado caótico em que nos encontramos.
Respeitando uma lei da cibernética anima-nos saber que “as coisas se organizam no caos”.
O ano promete!

Gabriel Novis Neves
11-02-2015

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