quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

FILME ANTIGO


Há anos assistimos cenas policiais de prisões de marginais das leis muito semelhantes às atuais, porém, com algumas diferenças.
Antigamente essas operações policiais produziam uma comoção na cidade com seus “heróis” se autoproclamando como únicos defensores intransigentes da ética e da moral, pensando em benefícios próprios em um breve futuro.
Atualmente as cinematográficas prisões de alguns não mexem com o emocional nem com a autoestima das pessoas, pois todas acreditam na impunidade, hoje marca nacional.
Outro fato importante era que todo o mal ficava centrado oficialmente em apenas um cidadão, na época paparicado por políticos, autoridades e grande parte do café society tupiniquim pela grandiosidade das suas generosidades.
No caso em discussão, fica explícito a promiscuidade entre corruptores (agentes públicos) e corruptos (os executivos da malandragem).
A população, descrente pelas duras penas jurídicas somente concedidas aos pobres, a tudo assiste indiferente.
Não existe mais discrição para atos ilícitos, pois a rede de beneficiários é extensa e com ramificações em todos os segmentos do poder.
Quando a mais poderosa rede de televisão do Brasil anuncia que vai denunciar casos crônicos de corrupção, o poder constituído resolve tomar alguma providência para amortecer o impacto da notícia no cenário nacional. 
O pagador de impostos, o maior prejudicado pelos atos de vandalismo ao erário público, continua acreditando na impunidade dos grandes.
Esse antigo mal, que atingiu a maior empresa brasileira de petróleo, espalhou os seus métodos de conquista do poder pelo dinheiro sujo da corrupção a todos os Estados.
As providências tomadas contra essas indignidades são como fogos de artifício na passagem do ano, efêmeras.
Mesmo sob investigação, o roubo continua institucionalizado em todos os segmentos da nossa sociedade.
Enquanto isso, nossos presídios continuam superlotados, funcionando em condições sub-humanas e encarcerando apenas pobres, negros e ladrões de galinha.
Queremos assistir filmes onde no final o bem vença o mal, e não, onde os "heróis" dos grandes assaltos às nossas instituições são libertados.
Com essa política de governo vigente seremos sempre um país do futuro.
Cadeia para corruptores e corruptos, ou permaneceremos para sempre no rol das nações mais atrasadas do mundo!
Filme novo, minha gente!

Gabriel Novis Neves
24-02-2015

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