Personalidade
anal retentiva costuma ser o que há de mais repugnante na dita espécie humana.
Segundo
Freud, o pai da psicanálise, conflitos importantes ocorridos durante a primeira
infância seriam os grandes responsáveis pela formação desse tipo de
personalidade, conhecida popularmente como avarenta.
É
muito frequente encontrarmos pessoas superabastadas que vivem e se comportam
muito abaixo do seu poder aquisitivo, ensimesmados numa vida precária e sem
brilho.
Por
desconhecer a capacidade de doação, oferecem a amigos e parentes uma vida de
privações, sempre visando o aumento de sua riqueza.
Enclausurados
na sua miséria mental os avaros afastam gradativamente todos os circunstantes,
que apenas se beneficiarão quando a lei da natureza decidir pelo seu
desaparecimento.
Impossibilitados,
em vida, de qualquer tipo de grandeza, encaramujam-se na sua fortuna, incapazes
de propiciar qualquer tipo de alegria e conforto ao outro, e principalmente a
si mesmo.
Acumuladores
que são, passam a vida adorando o “deus Dinheiro”, e não as infindas benesses
que esse dinheiro pode comprar.
Esses
pobres de alma, assim como os psicopatas, são despidos de sentimento de culpa e
não percebem o desencanto que provocam à sua volta.
Muito
pelo contrário, costumam se afogar nas suas próprias mesquinharias, daí não
saindo para desfrutar da alegria da doação, frequentemente muito maior para
quem a faz do que para quem a recebe.
Encontramos
esse tipo de gente por toda parte que, de tão miseráveis no seu modo de viver,
se boicotam até em pequenos mimos, tais como: viagens confortáveis,
restaurantes de boa qualidade, boas bebidas, casas aconchegantes, muitos amigos
com os quais possam desfrutar a sua qualidade de vida e mais um sem número de
coisas que um bom poder aquisitivo permite.
Optam,
entretanto, para serem os defuntos mais ricos e menos amados do cemitério e,
por isso mesmo, muito comemorado em sua viagem final rumo ao nada...
Felizmente,
em contrapartida, existem os pobres ricos que, pela sua grandeza, generosidade
e sabedoria, fazem da vida uma festa, usufruindo da verdadeira dádiva do
existir.
Gabriel
Novis Neves
20-02-2015
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