Faltando
poucos meses para o final de um governo de mais de cinco anos, o governador
decreta controle total e rigor nos gastos públicos.
Infelizmente,
essa medida de austeridade veio tarde demais, pois a vaca já foi para o brejo.
Pelo
menos nosso maior mandatário teve a coragem de confessar que durante o seu
mandato houve excesso de “gastação” desnecessária. Resultado da orgia
financeira: as contas não fecham.
O
gasto não programado com as obras da Copa parece que foi a gota d’água para tal
decisão.
Todos
os cálculos previstos nos orçamentos das obras foram quintuplicados e, o pior,
é que a prioridade no momento, que é a conclusão do campo de futebol, está tão
atrasada quanto feia.
As
correções de políticas de governo tomadas no desespero são as piores possíveis.
A população ainda não digeriu a criação de uma secretaria especial, ou coisa
parecida, para o controle e aceleração das obras faltando menos de cinco meses
para os jogos da maior competição de futebol do mundo. Puro descontrole.
Agora
o adendo fatal: a centralização de todos os gastos nas mãos do governador, com
o tradicional contingenciamento do orçamento do ano.
Na
prática, teremos atrasos, mesmo nos repasses constitucionais para a educação e
saúde, assim como para o mais simples dos compromissos.
Este
decreto é um alerta que o Estado gastou demais e está sem dinheiro, com muitos
compromissos, especialmente os internacionais, com data muito anteriormente
marcada – cerca de oito anos. Nada de surpresa, e sim, descaso.
Em
ano eleitoral o governo tem de fazer muita ginástica contábil para, pelo menos,
pagar o funcionalismo.
Os
prestadores de serviço já deram sinal da falta de dinheiro, gerando atrasos de
repasses. A empresa de médicos anestesistas com salário sem receber desde
outubro, resolveu abandonar o serviço no único Pronto Socorro que atende todo o
Estado. As cirurgias foram diminuídas em 75%. Isso está acontecendo na cidade
da Copa.
O
governo tem de arrumar dinheiro para atender a FIFA.
O
prognóstico para o exercício financeiro deste ano de sonhos está se
transformando num imenso pesadelo.
Tomara
que chova dinheiro em Cuiabá para nos salvar de tamanho desgaste de
incompetência.
Vamos
esclarecer: não confundir gestões públicas desastrosas com o nosso passado de
construtores desta civilização.
Tudo
agora é tarde demais, pois “Inês é morta”.
Gabriel
Novis Neves
30-01-2014
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