sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Desigualdade

Notícias estarrecedoras sobre a desigualdade econômica abalam pessoas sensíveis e com preocupações sociais permanentes.
A mídia dá conta de que o poder aquisitivo das 85 pessoas mais ricas do mundo equivale à renda de 3.5 bilhões dos seres menos abastados, ou seja, das regiões mais pobres do planeta.
É absolutamente surreal que cheguemos ao século XXI atrelados a sistemas econômicos que propiciem tais barbaridades.
Recorrendo à gramática: o verbo “ganhar” é bitransitivo, quem ganha, ganha alguma coisa de alguém. Se esse ganho ultrapassa os níveis justos, logicamente, alguém perdeu, e muito.
Algo tem de estar muito errado e tem de ser corrigido rapidamente, uma vez que a “carneirada” já mostra sinais de muito descontentamento.
Propagam-se rapidamente pelo mundo afora movimentos anárquicos violentos que clamam por mudanças sociais.
Ataques disseminados às instituições públicas, ao sistema bancário e, ultimamente, aos templos do consumo - os Shopping Centers - são a prova de que está se tornando cada vez mais difícil para a população a convivência com tantas desigualdades.
Que as sociedades atentem, enquanto é tempo, para a necessidade de novos sistemas econômicos financeiros, ou para reformulações eficazes dos antigos, com a urgência necessária à gravidade da causa.
Não é mais possível que pouquíssimas pessoas tenham oportunidade para crescimentos desmedidos, enquanto a esmagadora maioria esteja condenada à miséria e ao descaso.
E que não venhamos com discursos hipócritas, falsos, moralistas, implorando caridade ou justiça divina, como têm acontecido há séculos.
Enfim, do escravagismo ao feudalismo e ao capitalismo, ou qualquer outro “ismo”, os passos têm sido muito lentos e cruéis no que tange ao despertar de uma maior conscientização para tanta desigualdade na terra.
Dados como esses divulgados, apenas degradam o ser humano, inviabilizando, quem sabe um dia, a sua existência nesse Planeta.

Gabriel Novis Neves
22-01-2014

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