Dizem
que o tempo é o senhor da verdade. “A verdade deixa o problema no passado,
enquanto a mentira deixa o problema para o futuro. Em ambos os casos, é o tempo
que vai revelar a verdade ou desmascarar a mentira”, segundo o Google.
Quando
o governo de Mato Grosso empurrou goela abaixo do povo o contrato com o
Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas) para administrar o Hospital
Metropolitano de Várzea Grande, Alta Floresta e de Colider, não ficou
satisfeito. Por isso fez o povo engolir também o contrato para a administração
e gerência da Farmácia de Alto Custo, com aquele mesmo Instituto.
Esse
projeto só foi aprovado no Conselho Municipal de Saúde graças ao voto de
desempate do representante da Universidade Federal de Mato Grosso, a nossa
UFMT.
A
finalidade dessa ação era iniciar o projeto de privatização do SUS.
Entidades
conhecedoras dos problemas da nossa saúde pública alertaram o governo sobre a
aventura desastrada que seria esse caminho - o CRMMT, os sindicatos, as associações
médicas e também alguns segmentos da mídia. Todos os colegiados dos cursos de
saúde da nossa universidade foram contrários a tal proposta.
Pelo
voto político de Minerva foi realizado o capricho dos poderosos de plantão.
O
negócio não deu certo, pois não tinha condições de dar, como era de se esperar.
O objetivo do contrato, diante do estado de calamidade da nossa saúde pública,
era encontrar um bode expiatório, já que nada seria resolvido em benefício da
nossa população mais necessitada de assistência médica e farmacêutica. Na nossa
filosofia, a culpa é sempre do outro, no caso, a OSS.
Só
resolveremos o gravíssimo problema da saúde pública quando os financiamentos
públicos forem suficientes.
A
campanha publicitária encomendada pelo governo para “esconder” a nossa
realidade foi feita por uma empresa com um apresentador “global”.
Leio
na Gazeta que a Secretaria Estadual de Saúde, após denúncias ao Ministério
Público e, apurado os fatos, rompeu o contrato com Ipas (Instituto Pernambucano
de Assistência Social).
Os
problemas ocorridos neste período geraram prejuízos aos cofres públicos
superiores a R$ 2.8 milhões, conforme os técnicos, só de medicamentos com
prazos vencidos.
Essa
Ipas continua, entretanto, “administrando” mais três hospitais do Estado.
Outras
OSSs tomam conta dos outros quatro hospitais regionais deste Estado, todos com
sérios problemas administrativos, e ainda recebendo com atraso o repasse de
recursos estaduais para a sua manutenção.
Esse
é o triste quadro da nossa saúde no Estado da Copa.
O
tempo é o senhor da verdade.
Gabriel
Novis Neves
30-01-2014
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