segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ADVINHA

A “robusta” delegação brasileira que foi à Suíça discutir o futuro do mundo, pelo que a mídia nos informa, não entendeu a lição.
Os maiores banqueiros e políticos do Planeta estavam ansiosos em saber a situação da nossa economia, pois tinham informações que a inflação estava de volta e os grandes investidores deixando esta praça de negócios chamada Brasil.
Nossa presidente fez um discurso para seus eleitores deixando ainda mais perplexa a comunidade econômica internacional.
“Quero enfatizar que nós não transigimos com a inflação”. Disse também que é prioritário o seu programa de infraestrutura.
Acontece que na véspera da fala da Presidente, os bancos mundiais, assim como os investidores, possuíam relatórios contrários às suas colocações no discurso.
Não disse nada de aproveitável para o público do Congresso que despertasse interesse em investir em uma nação movediça, tampouco, estancar o sangramento produzido pela fuga de capitais diante da incerteza aqui reinante, onde o governo é impotente para inibir gastos públicos inúteis.
Após o seu pronunciamento a Presidente e comitiva fizeram uma parada técnica em Portugal para descansar, e rumaram para a terra dos irmãos Castro e dos aluguéis superfaturados de médicos para o Brasil.
Foi participar da inauguração do Porto de Mariel, todo ele construído com recursos do BNDES.
Interessante nessa fantástica história é que o contrato para o financiamento do Porto será confidencial até 2027.
A repercussão entre os produtores foi a pior possível. Irei reproduzir alguns desses desabafos.
“O investimento em Cuba é uma falta de respeito com o produtor brasileiro. Nossa infraestrutura está trinta anos atrasada”. Presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso.
“Qual a necessidade de fazer uma operação de crédito entre dois países e pedir confidencialidade? A imposição desse segredo alimenta mil e uma interpretações". Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
“Ninguém sabe qual será o custo desse financiamento em Cuba para os brasileiros. Não estamos em condições de subvencionar obras alheias em país algum”. Presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil.
“O acesso aos nossos portos é extremamente problemático e caro. Além disso, eles não funcionam à noite por não terem iluminação. Faltam investimentos”. Presidente da Associação nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos.
Advinha, quem está falando a verdade. Advinha!

Gabriel Novis Neves
28-01-2014

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