domingo, 16 de fevereiro de 2014

Saber?

Que sei eu, se o conhecimento é fabricado tão abundantemente, disponibilizado na rede mundial pela Internet, atingindo, em segundos, os habitantes deste estranho Planeta?
Uma verdade às vezes tem o prazo de validade de um clique nessa maquininha diabólica, popularizada por esse gênio chamado Bill Gattes.
O mundo sempre priorizou o “oito ou oitenta”. Hoje coisas do passado já não têm tanto interesse,  já que todo o presente está escancarado  na era digital.
Não há mais novidades a comentar, tudo é velho no conhecimento de todos.
Sou da geração da ciência imutável!
Diziam que o médico abria pela última vez o seu livro de medicina no dia da sua colação de grau.
Depois era o exercício da profissão até o final da sua existência.
As coisas mudaram, e como! Hoje o paciente chega para a consulta depois de se informar no Google sobre o seu problema.
O pior é que nós - os idosos - não estamos preparados para essa verdadeira avalanche de informações.
Tenho enorme cuidado em evitar o “eu sei”. Será que certas “divindades” existentes nesta sociedade de consumo têm conhecimento que eles passaram e o mundo continua com as suas conquistas?
 “Pensar é descrer”, escreveu Fernando Pessoa.
 “E o que fazer se tudo é tão difícil de compreender”!...
Vivemos em um país onde é proibido pensar. Então como saber?
O patrulhamento ideológico está implantado e consolidado nesta terra de Cabral, onde em se plantando tudo dá.
Veja a superlotação dos nossos presídios, alguns até reformados para atender uma clientela de melhor “poder” aquisitivo.
Onde o politicamente correto é o artigo pétreo deste “Estado democrático e de direito em que vivemos”.
Para que serve saber se os valores válidos da nossa vida, como ser feliz, por exemplo, nos são negados?
Fácil de saber só o “leve e azul do céu”.
O resto é tão difícil!

Gabriel Novis Neves
29-01-2014

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