terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Candidato surpresa

Quando o loteamento partidário da sucessão estadual caminhava tranquilamente para o seu final, com as suas incompreensíveis coligações, eis que surge um fato político novo. Fato bastante esperado pela descrente população mato-grossense, especialmente pelos jovens, mais sensíveis às mudanças.
Maurício Magalhães, com longa folha de serviços prestados ao Estado, se apresenta como pré-candidato a governador pelo seu partido, o PSDB.
Nada de aventura, confronto, rancor, carência de notoriedade, na humildade do ex-presidente da Cemat, Sanemat, ex-secretário de Estado do Governo Dante de Oliveira, entre outros cargos exercidos, sendo o último no Gabinete da Presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Maurício Magalhães desde jovem teve uma intensa militância política, mas nunca se candidatou a nenhum cargo eletivo.
Com a morte do Dante, deu por encerrada a sua participação política e foi cuidar dos netos e amigos.
Mesmo em casa, não suportou constatar o que estava acontecendo no partido, do qual é filiado com direito a voto na convenção.
Avisou ao Presidente do Diretório Municipal que achava estranho o seu partido ter um candidato competitivo à presidência da República e aqui ficar na garupa de um candidato cujo partido apoia em nível nacional o adversário do PSDB.
A resposta que recebeu é que, consultados os líderes, todos abdicaram de montar um palanque para o candidato do partido ao honroso cargo de governador do Estado.
Disse então que colocava o seu nome para ser examinado pelo diretório. Avançou mais, não tinha grupo político, tampouco dinheiro, apenas o seu passado.
Lembrou ainda que o senador mineiro, seu candidato partidário, estava sofrendo aqui um processo de “cristianização”.
No início o seu despojamento cidadão foi tratado com desdém pelos seus correligionários.
Após a imprensa ter conhecido o pré-candidato, pela sua coerência, credibilidade e argumentos, começou a incomodar os negociantes do poder.
Sua pré-candidatura vem ganhando adeptos suprapartidários e a sua posição está protocolada no diretório regional.
A tranquilidade dos justos e a clareza do seu discurso vai obrigar muita gente a tirar a máscara.
Pelo menos teremos a grande oportunidade de saber quais os critérios para ser político por aqui.
Não imagino que interesses pessoais se sobreponham aos anseios populares.
Aguardemos, pois o carnaval está chegando.

Gabriel Novis Neves
30-01-2014

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