Quando
o loteamento partidário da sucessão estadual caminhava tranquilamente para o
seu final, com as suas incompreensíveis coligações, eis que surge um fato
político novo. Fato bastante esperado pela descrente população mato-grossense,
especialmente pelos jovens, mais sensíveis às mudanças.
Maurício
Magalhães, com longa folha de serviços prestados ao Estado, se apresenta como
pré-candidato a governador pelo seu partido, o PSDB.
Nada
de aventura, confronto, rancor, carência de notoriedade, na humildade do
ex-presidente da Cemat, Sanemat, ex-secretário de Estado do Governo Dante de
Oliveira, entre outros cargos exercidos, sendo o último no Gabinete da
Presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Maurício
Magalhães desde jovem teve uma intensa militância política, mas nunca se
candidatou a nenhum cargo eletivo.
Com
a morte do Dante, deu por encerrada a sua participação política e foi cuidar
dos netos e amigos.
Mesmo
em casa, não suportou constatar o que estava acontecendo no partido, do qual é
filiado com direito a voto na convenção.
Avisou
ao Presidente do Diretório Municipal que achava estranho o seu partido ter um
candidato competitivo à presidência da República e aqui ficar na garupa de um
candidato cujo partido apoia em nível nacional o adversário do PSDB.
A
resposta que recebeu é que, consultados os líderes, todos abdicaram de montar
um palanque para o candidato do partido ao honroso cargo de governador do
Estado.
Disse
então que colocava o seu nome para ser examinado pelo diretório. Avançou mais,
não tinha grupo político, tampouco dinheiro, apenas o seu passado.
Lembrou
ainda que o senador mineiro, seu candidato partidário, estava sofrendo aqui um
processo de “cristianização”.
No
início o seu despojamento cidadão foi tratado com desdém pelos seus
correligionários.
Após
a imprensa ter conhecido o pré-candidato, pela sua coerência, credibilidade e
argumentos, começou a incomodar os negociantes do poder.
Sua
pré-candidatura vem ganhando adeptos suprapartidários e a sua posição está
protocolada no diretório regional.
A
tranquilidade dos justos e a clareza do seu discurso vai obrigar muita gente a
tirar a máscara.
Pelo
menos teremos a grande oportunidade de saber quais os critérios para ser
político por aqui.
Não
imagino que interesses pessoais se sobreponham aos anseios populares.
Aguardemos,
pois o carnaval está chegando.
Gabriel
Novis Neves
30-01-2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.