quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

JANEIRO

Desmontada a árvore de natal, inicia-se o mês dos pagamentos. Para manter a tradição, que mereceu um artigo meu há algum tempo, a primeira cobrança que recebi foi do aluguel do meu terreno sagrado no Cemitério Parque do Bom Jesus, uma cova rasa, localizada na estrada de Santo Antonio de Leverger.
Depois os clássicos cuja lista enorme e abusiva no pais sem inflação, cada ano nos assustam mais, com correções desonestas considerando o percentual do salário mínimo.
Impostos, taxas, juros os mais elevados do mundo não permitem mais fazer o encontro de contas com o holerite da aposentadoria que ficou esquecido dos “Reis do Planalto”.
Até junho trabalhamos para pagar os "is" para os patriotas trabalhadores do chamado primeiro escalão, alojados nas cúpulas dos Poderes de Brasília.
IPTU, IPVA, IMPOSTO DE RENDA, IMPOSTO SINDICAL, IMPOSTO DE SERVIÇO, ISSS, ILL, IOF, INSS AUTÔNOMO, INSS EMPREGADOS e dezenas de taxas etc.
No final, a triste realidade: para onde vai essa dinheirama toda, resultado do esforço dos trabalhadores deste pais, já que não recebemos em troca nem serviços sociais básicos?
O governo não sabe explicar como gasta, mas o povo sabe. Negócios difíceis de explicar como os empréstimos do BNDES, para empresas podres.
A venda criminosa da nossa Petrobrás, cujo petróleo não é mais nosso.
Auxílios generosos dos nossos cofres públicos a países governados por ditadores sanguinolentos do Caribe e África.
A submissão vergonhosa e prejudicial aos interesses nacionais perante republiquetas sul americanas bolivarianas, são alguns ralos por onde se escoam  as nossas riquezas.
Cartões Corporativos, excesso de “aspones” com salários inflacionados, e a falta de vontade política para erradicar este mal generalizado que é a corrupção e a sua metástase impunidade.
A falta de pudor com a coisa pública atingiu níveis insuportáveis.
Um pré candidato a Presidência da República que se apresenta como uma nova e moderna alternativa de governar, sempre esteve pendurado nas barbas do poder onde construiu a sua vida pública.
Há pouco tempo como governador de um estado curral, elegeu um poste para a Câmara dos Deputados. O seu plano era mais audacioso. Negociou com o governo do qual agora é oposição, a ida do poste de Pernambuco para o cobiçado e disputado cargo vitalício do Tribunal de Contas da União.
Em troca colocou um João Ninguém para votar sempre com o governo.
Esse é o candidato das reformas. Passará se conseguir vencer a convenção, todo o seu tempinho de rádio e televisão tentando explicar a negociata familiar beneficiando o poste de Pernambuco, com seus adversários atuais.
Continuamos sendo um pais cruel, com feitores em todas suas regiões.
Negamos às nossas crianças educação e, damos bolsas alimentação e tantas outras a essas crianças que lhe negamos a luz do conhecimento, condenando-as as trevas da ignorância.
Este é o caminho insuportável dos aproveitadores dos cofres públicos que em época de eleição vestem a fantasia da hipocrisia prometendo o que nunca fizeram e, sempre apoiaram.
São os “imortais” coronéis comerciantes da miséria humana, numa nação de corruptos e corruptores.

Gabriel Novis Neves
08-01-2014

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