A
manchete do jornal A Gazeta nos informa que o Estado de Mato Grosso recebeu
para a Saúde em 2013 noventa e cinco milhões de reais.
Para
as Santas Casas e entidades filantrópicas localizadas em Cuiabá, Cáceres, Campo
Novo dos Parecis, Lucas do Rio Verde, Poconé, Rondonópolis e Sinop, o montante
do recurso foi de vinte e dois milhões e quatrocentos mil reais.
O
nosso Estado possui cento e quarenta e um municípios, recebendo cada menos de
quinhentos e sessenta mil reais.
Considerando
a cidade de Cuiabá, que atende a uma população em torno de um milhão de pessoas
de todo o Estado, esses “investimentos” não representam o que se gasta em publicidade
só para justificar os atrasos das obras da Copa.
Enquanto
isso, não se fala mais na construção do necessário novo Pronto Socorro - mais
um natimorto vítima da falta de vontade política -, no novo Hospital Julio
Muller na estrada de Santo Antônio de Leverger, na adequação do velho hospital
Municipal e Pronto Socorro de Cuiabá.
Continuaremos
com a rede básica (os PSFs), com número de profissionais de saúde insuficiente,
fato este do conhecimento do governo federal que está alugando médicos de Cuba
sem instalações físicas ou precárias, sem equipamentos básicos e medicamentos.
Nem
pensar em médicos especialistas nas poucas Policlínicas existentes e na única
UPA em funcionamento.
Amigos
e colegas me pedem para não mais escrever sobre a penúria em que vive a nossa
saúde pública, pois me tornarei repetitivo e os problemas nunca serão
resolvidos, apenas porque a saúde não é um projeto de prioridade nacional.
Como
sou adepto da filosofia “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”,
continuarei lembrando nossas autoridades que a “saúde é um direito do cidadão e
dever do Estado”, segundo a nossa novíssima Constituição Cidadã.
Espero
que um dia surja alguém interessado em fazer uma Copa do Mundo na nossa saúde
pública.
Gabriel
Novis Neves
14-01-2014
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