segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

HAITI

É um dos países mais pobres do mundo. As oligarquias, por muito tempo escravizaram aquele povo.

Com a queda da elite exploradora, o povo ficou sem líderes preparados para governá-lo democraticamente.

A anarquia continuava matando inocentes, até que foi constituída uma Força de Paz da ONU para dar tranqüilidade ao país destruído pelos interesses pessoais, ganância e total atraso dos seus governantes. Verdadeiros criminosos da humanidade!

O Brasil encaminhou, num primeiro momento, mil e trezentos militares para o Haiti.

Há um ano houve um terrível acidente da natureza: o terremoto destruidor de vidas e esperanças.

Aqui no Brasil milhares de pessoas se uniram para ajudar, primeiro os desabrigados, depois na reconstrução do país, na maior tragédia da sua história. Vidas preciosas foram ceifadas.

Dos brasileiros que lá estavam em missão de paz e solidariedade, deixaram saudades 18 militares e a Doutora Zilda Arns (75), Coordenadora da Pastoral da Criança!

Acompanhei – e milhões de pessoas no mundo todo também - a tragédia pela televisão. Imagens chocantes!

Acreditava ter assistido cenas que dificilmente esqueceria, dada a dimensão da tragédia e a pobreza infinita do seu povo.

O nosso governo reagiu imediatamente com medidas propositivas para demonstrar toda a sua solidariedade às famílias dos militares mortos.

Logo no dia 21-01-2010, é encaminhado ao Congresso Nacional, um decreto em que o Presidente concedia um auxílio de R$ 500.000,00, (quinhentos mil reais) em indenização para cada família dos 18 militares mortos no terremoto. O decreto também previa o pagamento de uma “Bolsa Educação” para os filhos dos militares que tenham até 24 anos, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) mensais. Esta decisão foi amplamente divulgada pela mídia.

Saindo do hospital em direção à minha casa, ouço na rádio CBN uma notícia estarrecedora e revoltante.

Era o depoimento de uma das viúvas de militar morto no Haiti:

“Trazer de volta o meu marido é impossível. Curar a presença da ausência, só a dor que sinto. Não pedi nada. Foi um ato espontâneo. Sinto que tenho um direito para defender, visando melhores dias com esperança para os meus filhos. O prometido perdeu-se na poeira de tantas coisas prometidas e não cumpridas. Vou lutar com as forças que o meu marido lutou pelo povo do Haiti”.

A viúva tinha razão de se lamentar e implorar pelo humanismo dos vivos e poderosos.

O mundo todo assiste neste momento, a tragédia das enchentes programadas, principalmente na região serrana do Rio de Janeiro, e interior de São Paulo.

Houve negligência das nossas autoridades. Avisadas, não investiram em prevenção.

O auxílio para as famílias vitimizadas e abandonadas, está demorando a aparecer. Aguardemos, pelo menos, isonomia de tratamento com o Haiti.


Gabriel Novis Neves

14-01-2011

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