segunda-feira, 25 de outubro de 2010

FAIXAS

Sabe aquelas faixas penduradas nas ruas? Pois bem. Já fui alvo delas. E aqui faço uma rápida retrospectiva. Meses atrás, mais precisamente em julho, um grupo de amigos decidiu fazer uma brincadeira comigo e colocou quatro faixas penduradas ao longo da rua onde moro, com dizeres diferentes. O motivo era simples: cobravam minha presença na padaria onde eu era frequentador assíduo e da qual sumi por força de outros afazeres.

Tudo começou como uma brincadeira dos “Fuxiqueiros”, como são chamados os membros deste grupo de amigos. Entretanto, as faixas, muito bem humoradas, passavam mensagens que davam margem às mais diversas interpretações.

Dentre elas, ressalto: doença, sequestro, apelo político e até assédio sexual. A síndica do meu edifício me interfonou apresentando a sua solidariedade pela falta de respeito das mulheres de agora. A minha filha foi almoçar em um restaurante e não conseguiu comer de tanto explicar que eu estava bem e em casa. Até da Espanha recebi telefonema de uma ex-secretária para saber se estava tudo bem comigo. Leu pela internet notícias dos dizeres das faixas e teve horríveis pesadelos comigo. Pensou logo em doença grave ou sequestro. Tranquilizei-a dizendo que estava tudo bem e as faixas não passavam de uma brincadeira de amigos.

O resultado dessa confusão toda serviu para me mostrar o poder de comunicação das faixas de rua. Todo mundo olha. Todo mundo lê.
No caminho do consultório, um dia desses, li várias com os mesmos dizeres. Bem direta na sua única mensagem. E não era uma brincadeira, ou melhor, era uma brincadeira sim, mas de um “palpite”. O autor do texto da faixa é parente do único presidente da República cassado. É.
As faixas anunciavam o resultado do jogo, antes do mesmo terminar! É bom esperar o apito final do juiz.

Assim, pois, é que resolvi escrever sobre as faixas. Faixas nas ruas sempre mexem com a população.

Servem apenas para brincadeiras de fino humor.


Gabriel Novis Neves (7.5+106)

20-10-2010

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