terça-feira, 5 de outubro de 2010

Twitter

Estou satisfeito com os meus meios de comunicação: telefone e computador. Pelo telefone, fixo ou móvel, recebo e atendo chamadas de amigos, clientes, familiares. Pelo computador leio e encaminho emails, e, com um dedo, digito os meus artigos e leio os noticiários locais, nacionais, e internacionais. Acompanho também os noticiários pelos jornais impressos, revistas, livros, rádio e televisão. Considero-me um cidadão muito bem informado.

Sei que a Tecnologia da Informação avançou muito, e que a informática foi uma das áreas da ciência que mais evoluiu nestas últimas décadas. Várias redes sociais se utilizam da Internet para a comunicação online, como a MySpace, Facebook e Twitter, só para citar as mais usadas no mundo. Entretanto, sinto-me muito bem com o básico e não pretendo ficar escravo dessas novidades.

Certo dia uma jovem amiga me chama só para me revelar que sabe do tratamento pessoal que eu recebo por parte de uma pessoa muito querida. Fiquei constrangido, mas não demonstrei – acho. Nem quis saber como ela tinha conhecimento desse tratamento. Mas já fui logo explicando que é comum que os jovens tratem as pessoas da outra idade (maiores de 7.5) dessa forma carinhosa. Não. Não revelo o tratamento recebido. Estou veramente inibido.

Intrigado com aquela revelação, que foi feita de forma muito pura e inocente, procurei esclarecimento com uma adolescente que conhece tudo o que rola na Internet. Gosto muito de vê-la digitando, com seus dois ágeis dedinhos, a tecla do seu celular. Logo ela me explicou que pode ter sido através de um Twitter. O tuiteiro manda a sua primeira mensagem do dia, com poucos caracteres obedecendo a certo padrão da tribo. Exemplo: “Olá pessoal. Bom dia a todos. Especialmente ao meu pai do coração.” Com toda a certeza essa sua amiga teve acesso a essa informação, e talvez por brincadeira, revelou a você o que já é público. “Ah! – respondi - eu não sabia! Pensei que fosse igual a segredos da internet que só tornam públicos quando há operação da Polícia Federal.”

A minha jovem amiga me informou ainda que o tuiteiro geralmente é adolescente e utiliza esse rápido meio de comunicação para fofocas e também para falar mal das pessoas. Como ela notou meu interesse com o novo conhecimento, me disse que no período das eleições alguns políticos criam um Twitter falso com o nome de quem quer prejudicar, contratam até “jornalistas profissionais,” para tuitarem o dia todo para prejudicar o alvo escolhido. “Hum!” – exclamei. E a seguir perguntei: “mas isso não foi implantado ainda por aqui não é?” Ela caiu na gargalhada e me saiu com essa: “como você é inocente com todo esse montão de idade. Quem é tuiteiro sabe das barbaridades que circulam sem controle por aí.”

A esta altura prefiro um ataque de vírus no meu computador, a ser vítima de um tuiteiro falsificado.


Gabriel Novis Neves (7.5+87)

01-10-2010

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