domingo, 10 de outubro de 2010

REVISÃO

Como é importante para quem escreve ter um revisor para os seus textos! Por várias vezes fui vítima desses “acidentes,” que os mais experientes dizem ser muito comum. Acho que é uma pane “neuronial,” onde você lê o que não digitou. Muitas vezes essa ilusão ótica de quem escreve muda totalmente o sentido do texto, deixando o incauto leitor baratinado. Além disso, tenho a mania dos apelidos – como todo bom cuiabano – esquecendo-me de que nem todos estão familiarizados com eles, ou mesmo que nunca ouviram falar. Neste caso então, o leitor fica, além de baratinado, totalmente alheio ao que estou escrevendo.

Tenho vários exemplos para ilustrar. Citarei alguns, agradecendo desde já a compreensão do leitor. Em certa ocasião digitei “fornecida” ao invés de “formicida.” Além do grosseiro erro de digitação, a palavra perdeu a sua sonoridade e o pior, a frase “fornecida tatu” tornou-se simplesmente incompreensível. Ainda bem que o meu editor me telefonou ao receber o texto, para saber se eu ainda estava vivo após a dose da “fornecida” tomada!

Noutra ocasião escrevi sobre o “Caçador de Marajás”. Não citei o nome do personagem, acreditando estar sendo completamente entendido por todos. Afinal era um apelido nacionalmente conhecido. Acontece que simplesmente me esqueci que a população que visita os sites e blogs é de jovens que, à época do “Caçador”, ou não eram nascidos, ou estavam na verdadeira melhor idade que é a infância. Recebi vários emails de protesto de ambientalistas e da Liga de Proteção aos Animais!

Já fiz alguns leitores confundirem o Presidente “topete” com o “topete” usado pelo Ronaldo Fenômeno na conquista do penta campeonato mundial de futebol! Novas críticas. Novas confusões de interpretação levadas pela minha mania, como já falei, de usar apelidos. Talvez se tivesse falado “o presidente do Camarote da Brahma, na foto com a modelo sem calcinha”, não houvesse esta confusão.

Em um artigo afirmei “certas” utilidades do motosserra. Claro, provoquei indignações dos “colonizadores” do Nortão. Fui taxado de ignorante e de não querer o desenvolvimento do estado. Afinal esses “colonizadores” receberam até o Troféu Motosserra de Ouro. Por falar nisso, cadê o troféu? Bem, deixa prá lá. Tudo bem que neste artigo eu fui até muito claro nas minhas humildes intenções de escriba do terceiro mundo, e este exemplo não caberia aqui nestas considerações, mas não resisto em homenagear o pessoal do nortão.

Finalizando estas minhas desculpas, alegrem-se os senhores leitores. Mario Quintana muito sabiamente já nos dizia: “Se um autor faz você voltar atrás na leitura, seja de um período ou de uma simples frase, não o julgue profundo demais, não fique complexado: o inferior é ele.”

Enfim, quem escreve necessita de um excelente revisor gramatical e de interpretação de textos. Eu já encontrei o meu.


Gabriel Novis Neves (7.5+88)

02-09-2010

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