Não
sei por que tanta surpresa, nem tanta celeuma, em torno de uma famosa cantora
brasileira que se assumiu publicamente como homossexual.
Desde
a Grécia antiga que a maioria dos grandes filósofos tinha os seus respectivos
mancebos que, após as aulas ministradas, eram convidados aos rituais amorosos
com seus respectivos mestres. Os banhos de óleo mútuos precediam esses
encontros, e isso se perpetuou até os dias de hoje pelos redutos gays das
praias do Brasil.
Na
Roma antiga os mancebos, substituídos pelos escravos, cumpriam as mesmas
funções: as de trocas sexuais com os seus senhores.
Isso
não era sequer questionado, mesmo em casamentos estáveis, coisa, aliás, não
muito comum nessa época, já que o divórcio era permitido a qualquer dos
cônjuges e em qualquer momento do relacionamento.
Meninos
entre doze e dezoito anos eram os alvos de seus mestres e passavam daí em
diante, a terem seus próprios discípulos e amantes.
Consta
que Nero, o grande imperador romano, teve dois casamentos com jovens que,
depois de castrados foram submetidos a todas as pompas e luxo que essas
cerimônias exigiam. Mais tarde veio a se casar com três outras mulheres, sendo
a última a famosa Messalina.
Claro
que a besta humana contida em cada um, não raro, precisa de freios fortes, e a
história está aí para nos mostrar que vários desses freios ocasionaram muitos
estragos pelos séculos afora.
A
partir dos anos duzentos, com a chegada do cristianismo, se instituiu a culpa
do prazer e, principalmente, a repressão à homossexualidade.
Com
o passar dos anos essas práticas foram ficando mais abertas e, atualmente, já
se fala até em orgulho gay.
Devemos
usar o nosso corpo da maneira que nos aprouver, até porque, ele é a única coisa
que temos de absolutamente nossa.
Quanto
à necessidade de propagação, é problema de cada um e não diz respeito a mais
ninguém. Seria uma espécie de apoio coletivo do que consideramos importante
para nós.
Não
se trata de doença, muito menos de perversão, apenas de opção de cada um, e que
deve ser respeitada.
Afinal,
pessoas nessas circunstâncias já são vítimas de muito preconceito e de muita
descriminação pelo simples fato de serem diferentes.
O
único aspecto que importa é o que esse ser humano representa como pessoa para
os seus circunstantes e para a sociedade como um todo. O resto é absolutamente
pessoal e, a rigor, não deve ser considerado como rótulo.
Todo
tipo de intolerância, seja ela política, religiosa, social ou sexual, deve ser
rechaçada e considerada um entrave ao livre exercício das ideias.
Que
todos procurem a felicidade do jeito que achar melhor, ainda que monitorados
por uma sociedade hipócrita, habituada a ditar regras de conduta, num estágio
em que a humanidade vem tentando, desesperadamente, seguir menos a carneirada e
mais os seus próprios desejos.
Assim
seja.
É
proibido proibir, para o bem de todos.
Gabriel Novis Neves
16-05-2013
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