quinta-feira, 13 de junho de 2013

IMPACTO

Medicamentos com prazo de validade vencido e drogas ilícitas, quando são apreendidos, produzem na mídia o mesmo impacto traduzido pela revolta da população.
Doentes morrem por falta de medicamentos, pois as toneladas existentes não servem para ser consumidas.
Os consumos das plantações bolivianas também matam.
Depois da porta arrombada, por culpa do governo, este sai igual galinha poedeira gritando sobre o achado criminoso.
Para complementar esse “trabalho bem asseado”, como diria o pobre marquês, o passo seguinte é encontrar o culpado por esse ato contra a humanidade.
Ou, sendo mais claro, um laranja para assumir essa crueldade, pois o governo é o único culpado de fato e de direito.
Será que alguém acredita que esses crimes hediondos são arquitetados por funcionários do quinto escalão dos governos?
Eles só conseguem êxito porque essas ações não republicanas são altamente complexas e difíceis.
Envolve muita gente que conta com a garantia da proteção divina terrestre, na explicação de um veterano político mato-grosensse.
Um péssimo planejamento na compra de medicamentos de alto custo implica em liberação de muito dinheiro para a empresa vencedora do “pregão eletrônico”.
A comissão paga pelo vencedor de cartas marcadas é o preço da democracia, que está fora de controle.
Estamos em período pré-eleitoral - momento das amarrações com os partidos políticos para a formação do amplo arco de alianças.
O investimento nesse projeto de poder continuado é caríssimo. De onde vem esse dinheiro todo? Acho que todos sabem.
O mesmo acontece com as drogas ilícitas - que são tão fáceis de adquirir. De tempo em tempo ocorre uma apreensão significativa de narcóticos. A mídia faz uma ampla cobertura, e assim, passa a ideia para a população que o governo está vigilante e atento para este grave problema social.
Sindicâncias, investigações rigorosas, decisões jurídicas condenando escândalos com dinheiro do contribuinte continuam rolando sem um desfecho final.
Compra de maquinários, dos land-rover, teleféricos, comissão da compra do VLT, o mistério da aquisição da área e o valor da compra para a construção das casinhas populares da Caixa Econômica Federal, estão perambulando pelas infindáveis sindicâncias.
Isso demonstra que o combinado não sai caro e laranjas levam vidas de reis.
A impunidade, mãe desses deslizes, não causa mais impacto na nossa população.

Gabriel Novis Neves
25-05-2013

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