sexta-feira, 7 de junho de 2013

POR QUE RECLAMAM?

Uma simples caminhada pelos bairros da nossa cidade é o suficiente para retornarmos para casa com o saco cheio de reclamações.
Se dermos uma voltinha pelo interior do Estado, então, só um bitrem para transportar tanta insatisfação.
A saúde não existe. Inocentes estão morrendo por falta de atendimento médico.
Nossa educação é uma das piores do Brasil, com algumas ilhas de excelência. Estamos formando em escala crescente os analfabetos funcionais.
A violência está insuportável e sem controle.
Aumenta o número de dependentes químicos abandonados à sua própria sorte, assim como os de moradores de rua.
A indústria, segundo dados oficiais, perdeu quase 40% dos seus postos de trabalho.
A inflação aos poucos está voltando, e o governo é impotente no controle de seus gastos.
Saneamento básico, transporte urbano que atenda a nossa demanda e lazer, só com soluções em longo prazo.
Rodovias para escoar a nossa produção agrícola para o mercado consumidor é uma tragédia, deixando os esforços dos nossos trabalhadores rurais fora do mercado competitivo.
O pessimismo venceu a esperança do mato-grosensse.
No entanto, os causadores desse triste quadro social, tanto os que estão no comando deste país da Alice das Maravilhas, quanto os que comandam o nosso rico Estado de gente pobre, serão mais uma vez candidatos e reconduzidos pelo voto livre e independente. Vão continuar com o trabalho de extermínio de uma civilização.
 A atual Presidente da República será reeleita facilmente no primeiro turno das próximas eleições. Ainda mais agora que está montada no seu grande trunfo de importação - médicos estrangeiros, mesmo com um contrato provisório de curto prazo, o suficiente para cobrir o período eleitoral.
Aqui em Mato Grosso não haverá a mínima possibilidade de renovação. Somente o executivo, que por lei não poderá ter mais um mandato no cargo, mas será entronizado em uma cadeira no legislativo federal.
Quem passou por longos anos no executivo e não conseguiu resolver essas demandas, largará o seu cobiçado posto em Brasília para continuar a sua obra por aqui.
A gente do interior desassistida pelo poder público culpa o governo de só investir nas obras da Copa em Cuiabá.
Os cuiabanos sentem que todas as grandes obras estruturantes, como ferrovias, só estão projetadas para o interior.
O resultado é a insatisfação geral.
Imagino o dia que a nossa população for informada sobre a colossal dívida que o Estado contraiu nos bancos.
Se, apesar de tudo, os nossos mandatários forem aprovados pelas urnas - por que reclamam tanto?

Gabriel Novis Neves
23-05-2013

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