domingo, 9 de junho de 2013

Aeroporto

Embarcar em um voo doméstico no Brasil é um verdadeiro exercício de paciência. É necessário muito controle emocional para tolerar tamanha desorganização e desrespeito ao passageiro.
Ao comprar uma passagem, no cartão do check-in vem impresso o dia, horário, portão de embarque, número do voo, do assento, peso permitido da bagagem da mão, o horário da decolagem e do pouso no destino pretendido.
A sofisticação das informações oferecidas ao infeliz comprador do bilhete de viagem é tamanha, que a bagagem de mão não deve ultrapassar a cento e quinze centímetros (comprimento, largura e altura) e o peso a cinco quilos.
Antes, há a rigorosa vistoria feita de Polícia Federal que, para desnudar o passageiro, falta pouco.
Como é para a segurança de todos, aplausos a essa medida preventiva.
Fantástico? Na prática isso funciona assim?
Santa ingenuidade! O passageiro, até embarcar, enfrenta todos os tipos de adversidades. Desde a falta de refrigeração, até a mudança de última hora do portão de embarque. Isso quando a aeronave não está atrasada.
E aquela historinha de tratamento preferencial para crianças e idosos para o embarque?  É melhor deixar prá lá.
O serviço de alto-falante é péssimo. O painel eletrônico pifa amiúde – mesmo tendo sido terceirizado. A empresa responsável por ele se preocupa mais com os lucros do que em atender bem aos seus clientes.
Fico imaginando os nossos obsoletos aeroportos diante de um grande evento como a Copa do Mundo.
E, para ser otimista com certas subsedes, nem citarei o que representa a liberação das malas.
Não entendo como um país tão bem governado, especialmente nesses últimos dez anos, receba tão mal os seus turistas.
Tempo e dinheiro para corrigir essas porcarias chamadas de aeroportos para um evento mundial, não existem.
Passaremos vergonha e continuaremos espantando turistas internacionais.
Os nacionais, de há muito preferem divertir-se e gastar seus dólares e euros no exterior. A viagem sai mais em conta, mais confortável, além de uma extraordinária beleza cultural que se encontra lá fora.
Enquanto que nós, meros passageiros sem grife, temos que tirar até o cinto para podermos ser liberados pelo detector de metais, os do “jatão” do Planalto não são nem identificados.

Gabriel Novis Neves 
03-06-2013

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