Embarcar
em um voo doméstico no Brasil é um verdadeiro exercício de paciência. É
necessário muito controle emocional para tolerar tamanha desorganização e
desrespeito ao passageiro.
Ao
comprar uma passagem, no cartão do check-in vem impresso o dia, horário, portão
de embarque, número do voo, do assento, peso permitido da bagagem da mão, o
horário da decolagem e do pouso no destino pretendido.
A
sofisticação das informações oferecidas ao infeliz comprador do bilhete de
viagem é tamanha, que a bagagem de mão não deve ultrapassar a cento e quinze
centímetros (comprimento, largura e altura) e o peso a cinco quilos.
Antes,
há a rigorosa vistoria feita de Polícia Federal que, para desnudar o
passageiro, falta pouco.
Como
é para a segurança de todos, aplausos a essa medida preventiva.
Fantástico?
Na prática isso funciona assim?
Santa
ingenuidade! O passageiro, até embarcar, enfrenta todos os tipos de
adversidades. Desde a falta de refrigeração, até a mudança de última hora do
portão de embarque. Isso quando a aeronave não está atrasada.
E
aquela historinha de tratamento preferencial para crianças e idosos para o
embarque? É melhor deixar prá lá.
O
serviço de alto-falante é péssimo. O painel eletrônico pifa amiúde – mesmo
tendo sido terceirizado. A empresa responsável por ele se preocupa mais com os
lucros do que em atender bem aos seus clientes.
Fico
imaginando os nossos obsoletos aeroportos diante de um grande evento como a
Copa do Mundo.
E,
para ser otimista com certas subsedes, nem citarei o que representa a liberação
das malas.
Não
entendo como um país tão bem governado, especialmente nesses últimos dez anos,
receba tão mal os seus turistas.
Tempo
e dinheiro para corrigir essas porcarias chamadas de aeroportos para um evento
mundial, não existem.
Passaremos
vergonha e continuaremos espantando turistas internacionais.
Os
nacionais, de há muito preferem divertir-se e gastar seus dólares e euros no
exterior. A viagem sai mais em conta, mais confortável, além de uma
extraordinária beleza cultural que se encontra lá fora.
Enquanto
que nós, meros passageiros sem grife, temos que tirar até o cinto para podermos
ser liberados pelo detector de metais, os do “jatão” do Planalto não são nem
identificados.
Gabriel Novis Neves
03-06-2013
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