terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O que espero


Um jovem jornalista perguntou-me o que espero daqui para frente em relação ao desenvolvimento do nosso país e, em especial, do nosso Mato Grosso.
- Espero que apareça por aqui um governador desatador de nós, e em Brasília um presidente respeitador dos princípios republicanos – respondi.
Há quase trezentos anos, quando Cuiabá foi oficialmente fundada ou “descoberta” pelos bandeirantes, cada ocupante do poder não tem feito outra coisa a não ser deixar de legado os chamados restos a pagar “sociais e econômicos”.
A nossa história é mais melancólica que vitoriosa. Levaram o nosso ouro, destruíram as nossas florestas, venderam as nossas madeiras, dizimaram nossa civilização pré-colombiana, desviaram os nossos rios, deixaram-nos no isolamento por mais de dois séculos e até fizeram uma guerra com o Paraguai em nossas fronteiras.
Diante desse quadro espero que um Estado, que até dividido foi, e em nome do desenvolvimento nacional, corrija as terríveis desigualdades sociais e injustiças históricas cometidas contra o seu povo.
Sonho com um Estado humanizado e oferecendo oportunidades a todos, e não retornando ao primitivo estado curral, onde os ocupantes do poder tratavam o povo como animal, ignorando as leis de proteção aos mesmos.
Espero que as crianças saibam que o futuro de uma nação pertence a elas, e não, aos homens da Revista Forbes, que divulga a relação dos mais ricos do planeta.
Desatar os nós será o grande desafio daqui para frente, e essa tarefa só será possível com uma educação para todos e de boa qualidade.
Nada espero dos homens para o desenvolvimento do nosso país e Estado.
Prefiro buscá-lo pela educação das nossas crianças.

Gabriel Novis Neves
29-01-2013

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