O
excesso de “modernidade” na educação das nossas crianças está levando-as ao
envelhecimento precoce.
A
ausência de limites no processo educacional, obrigando os nossos jovens a
pularem várias etapas da sequência lógica do seu desenvolvimento
biopsicossocial e de aprendizagem, faz da atual geração uma presa fácil da
infelicidade.
A
nossa juventude perdeu a criatividade para resolver os problemas do seu tempo e
a curiosidade em entender o cotidiano da vida como ela é.
Estão
totalmente condicionados ao previsível, incapazes de viabilizar qualquer
possibilidade de alternativas.
A
futilidade tomou conta da geração das máquinas.
É
triste encontrarmos crianças com sinais de senilidade, vazias de encantos para
prosseguirem na caminhada de novas descobertas.
Falta-lhes
emoção para procuras, pois os pais, na ânsia de “bem educá-las”, colocam-se na
posição de malignos protetores, negando ao jovem toda e qualquer possibilidade
de descobrir o seu eu.
Essa
massa amorfa de jovens, onde os mais privilegiados vão rolando pelas escolas
formais - grandes formadoras de inutilidades sociais - é o substrato da
sociedade consumista e egoísta, com pouco ou nenhum sinal de solidariedade
humana.
Hoje
o esforço dos pais é muito maior no investimento de recursos materiais na
educação dos seus filhos, na tentativa de formar um filho competitivo para o
mercado de trabalho, do que na formação de um cidadão.
Infelizmente,
só o investimento material na formação de um filho propicia um retorno social,
quase que desprezível na maioria dos casos.
Essa
é a modernidade que me preocupa na educação das nossas crianças.
Gabriel Novis Neves
28-01-2013
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