Uma sobrinha ‘muito engraçada’, que imita perfeitamente pessoas com ‘gestos e fala’, após muitos anos, veio com seu pai me visitar.
Se dedicasse ao humorismo seria uma das grandes artistas comediantes do Brasil.
Durante o período que permaneceu em minha casa, não parei de rir em companhia do seu pai.
Pena que foi embora para almoçar e não sei quando voltará.
‘Capta no ar’ as piadas do mais fino humor deixando o ambiente leve e alegre.
A companhia de uma pessoa humorada, de paz com a vida que Deus lhe deu, sempre nos faz feliz.
Em um universo tão cheio de aborrecimentos, que faz mal a nossa saúde, a alegria é contagiante e nos faz bem.
Existe a alegria em ambientes desapropriados, como em um velório, e nunca entendi o porquê.
A capela mortuária virou um lugar de encontros, para colocar a conversa em dia, onde são servidos café, refrigerantes e salgadinhos.
Existe até horário especial para ir ao velório.
Após o ‘Jornal Nacional’ quem quiser ser visto é o local ideal.
‘Os entendidos de velório’ acham que o melhor horário para ir é pela madrugada, onde o finado fica só na Capela.
A família ‘dorme’ no quarto da Capela, ou vai descansar em casa.
A Capela volta a lotar depois das oito da manhã, quando o enterro vai sair para o cemitério.
O carro da funerária substituiu os cortejos feitos com a urna funerária carregada pelos amigos a pé.
Os conservadores utilizam o cemitério da Piedade.
Os novos, os da ‘estrada de Santo Antônio de Leverger’, bem maior que o da Piedade.
Os moradores do Porto usam o ‘cemitério do Porto’ e outros o do ‘Coxipó da Ponte’.
O assunto sobre velório e cemitério parece não ser adequado a uma crônica, mas fazem parte do nosso cotidiano, quando muitas ‘qualidades’ dos ‘vivos’ e ‘falecidos’ são lembradas.
Tenho que ressaltar que a visita que recebi hoje pela manhã foi para um vivo que pretende viver muito e com alegria!
Gabriel Novis Neves
02-05-2024
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