Também junho iniciou. É o mês dos santos festeiros e suas festas são comparadas as do carnaval. Chegamos à metade do ano.
Ontem ganhei de uma afilhada um ‘terrário’.
Tive que pesquisar no google para saber o que era!
Nunca tinha ouvido a falar nisso.
Gosto muito de flores e tenho um jardim na cobertura do meu apartamento, mas ‘terrário’ é o primeiro que ganhei.
É uma miniatura de um ambiente construído dentro de um vidro fechado, com areia, pedras, terra preta e plantas de pequeno porte, um pequeno ecossistema.
Fiz questão de colocá-lo em um lugar bem visível do apartamento no centro da mesa, da saleta de conversas.
Estou curioso para saber se ‘as crianças” notarão a presença do ‘intruso’ e se já conheciam ou não.
É uma engenhoca bonita e pode ser feita de vários tamanhos.
A criatividade humana não tem limites, e o ‘terrário’ é muito indicado para ser feito por idosos, que muitos acreditam não ter o que fazer.
Diferente de mim, que tenho todo o meu tempo ocupado, cuidando do meu apartamento e afazeres domésticos, e ainda escrevendo meus textos pela manhã e à tarde.
Respeito as noites, e escurecer para mim é sinal de dormir, como para as galinhas.
A conquista do conhecimento é a linha do horizonte.
Quanto mais vivemos mais aprendemos, é a verdade nua e crua.
Filhos, netos e bisnetos vieram almoçar, e ninguém perguntou sobre o ‘terrário’, que estrategicamente coloquei ao lado do prato de pastel e esfirras abertas e fechadas.
Todos saborearam os salgadinhos e ninguém percebeu o presente que ganhei ou uma pergunta me fizeram.
Tive que perguntar a eles o que era um ‘terrário’, e ninguém sabia me informar.
O pior foi o total desinteresse demonstrado, e que tanta curiosidade havia despertado em mim.
Senti que o tempo é outro, e o meu já passou.
Fomos almoçar, e eu ‘jururu’ por saber que o que é belo e novo para mim, não interessa às novas gerações.
Gabriel Novis Neves
01-06-2024
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