Quando
Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, entre outros, deixaram
o MDB - depois PMDB - que era uma frente de oposição ao governo militar,
fundaram o moderno partido da social democracia, que dominava a Europa
pós-guerra.
Com
o impedimento do Presidente Collor, assumiu o seu posto o mineiro Itamar
Franco, símbolo da ética neste país.
Itamar
sempre militou no MDB e PMDB, e herdou um final de mandato dos mais
desastrados, tanto pelas atuações do Imperador do Maranhão, perpétuo homem
forte de todos os governos nesses últimos cinquenta anos, quanto pelas ações do
seu malogrado antecessor Collor.
Para
exercer o cargo mais importante do seu governo, que enfrentava uma inflação de
80% ao mês, convidou um dos fundadores do PSDB – Fernando Henrique Cardoso.
FHC
implantou o Plano Real e controlou o impossível, a inflação. Concomitantemente,
ações de austeridade extrema foram observadas.
Essas
medidas, que colocaram o Brasil no caminho do desenvolvimento, fizeram do
Ministro da Fazenda de Itamar o legítimo candidato à sua sucessão.
Por
duas vezes consecutivas FHC foi presidente desta nação, eleito em primeiro
turno, ganhando, em ambas às vezes, do metalúrgico.
Deixou
o país com um modelo de desenvolvimento que foi seguido pelo seu sucessor, que
convocou Henrique Meirelles, ex-banqueiro internacional e deputado federal
tucano por Goiás, para cuidar do Banco Central, com total autonomia.
Em
pouco tempo o partido de FHC tornou-se majoritário. Aqui em Mato-Grosso o
nanico partido do Paulo Ronan, Luiz Soares e Kamil, virou o partido da
unanimidade.
O
governador Dante de Oliveira, do PDT, transferiu-se no meio do seu primeiro
mandato para o PSDB, tornando-se quase imbatível. Em 2002, traído pelas
pesquisas, terminou sendo derrotado para o Senado. Seu candidato a governador
também foi derrotado pelos ventos da renovação.
Apesar
de derrotado majoritariamente, inclusive, para Presidente do Brasil, os tucanos
ganharam na terra do agronegócio e elegeram um terço dos deputados estaduais,
facilmente cooptados pelo governador vitorioso. Coisas do poder...
Apesar
do emagrecimento que a ausência do poder causa em nações onde não se faz
política por ideologia, o partido da social democracia lançou candidatos ao
governo do estado e senatoria, fornecendo palanques aos seus candidatos à
presidência, derrotados sempre no 2º turno.
Nestas
eleições, embora o partido possua um candidato competitivo a disputar a
presidência, o diretório do nanico partido de FHC e Dante, resolveu apoiar um
candidato a governador que, no plano federal, faz oposição ao seu candidato
Aécio e apoia a candidata da inflação e crise energética.
O
partido sem cabeça (chapa majoritária) entregará à oposição mais de dois
minutos preciosos no rádio e na TV.
Só
queria entender essa preferência pela janelinha, quando podia ocupar a direção
do ônibus.
Está
claro nessa manobra que alguém ganhou e alguém perdeu.
Como
seria boa uma explicação do ainda presidente do partido, que tem um
pré-candidato a candidato e não se manifesta.
Partido
de garupa vira partido de aluguel e perde o foco principal - a conquista do
poder.
Gabriel
Novis Neves
22-02-2014
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