quinta-feira, 13 de março de 2014

SURPRESA

Ao oferecer seu nome, passado e currículo ao diretório municipal do seu partido em Cuiabá para ser analisado para pré-candidato ao governo do Estado pelo seu PSDB, que alegava falta de nomes para a disputa eleitoral, Maurício Magalhães foi tratado com desdém.
Virou motivo de deboche dos seus próprios companheiros de longas jornadas.
Foi necessário muito espírito público para vencer esta primeira etapa do desafio que a ele foi proposto. Após meses na fila de espera para uma resposta, o diretório municipal ouviu o tranquilo pré-candidato a candidato e, em breve, a executiva regional, que tem o poder de decisão, estará reunida para discutir a situação surpresa para a cúpula partidária.
Seus líderes já tinham acertado deixar o volante do ônibus do ex-partidão majoritário no Estado e passado para a carroceria de um candidato cujo partido participa do governo federal, ocupando há anos um cobiçado ministério.
Acontece que o PSDB tem candidato à Presidência da República e precisa de palanques nos Estados.
Nesse acordo local de um grupelho, o candidato de 1 minuto e pouco na televisão, adquiriu, por pura "afinidade ideológica", os mais de 2 minutos do partido do candidato Aécio.
Os jornais de circulação nacional anunciaram que os ventos do candidato surpresa, e a lógica da sua decisão, chegaram onde deveria chegar, ou seja, no Diretório Nacional do Partido, que exterminou a inflação do Brasil.
Foi então decido pela alta cúpula dos tucanos que em todo o país o PSDB deve ter candidatos ao governo do Estado.
Não gostei do termo utilizado por eles de “candidatos zebras”, menosprezando o eleitor, peça máxima na conquista do poder com o seu voto secreto.
Zebra transmite inferioridade e remota possibilidade de vitória. Se for assim, o próprio Aécio é zebra, pois nas pesquisas seu comportamento é do antigo animal da Loteria Esportiva do Fantástico.
Fico com a criatividade do cuiabano de candidato surpresa.
A nossa história está a nos mostrar quantas surpresas as eleições aprontaram.
Surpresa ou zebra foi um avanço surgido em Mato Grosso e aceito em nível nacional.
Partidos existem para disputar eleições e chegar ao poder. Nanicos não pensam em conquistar o poder e são chamados de siglas de aluguel.
Nosso Estado começa a ser ouvido e levado a sério, não pelos nossos ditos formais representantes, mas pela coragem assombrosa do Maurício Magalhães.
Mesmo derrotado na convenção, será o grande vitorioso dessas eleições e deixará um legado de despojamento.
E para quem ficarão os mais de 2 minutos?

Gabriel Novis Neves
04-03-2014

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