Ao
oferecer seu nome, passado e currículo ao diretório municipal do seu partido em
Cuiabá para ser analisado para pré-candidato ao governo do Estado pelo seu
PSDB, que alegava falta de nomes para a disputa eleitoral, Maurício Magalhães
foi tratado com desdém.
Virou
motivo de deboche dos seus próprios companheiros de longas jornadas.
Foi
necessário muito espírito público para vencer esta primeira etapa do desafio
que a ele foi proposto. Após meses na fila de espera para uma resposta, o
diretório municipal ouviu o tranquilo pré-candidato a candidato e, em breve, a
executiva regional, que tem o poder de decisão, estará reunida para discutir a
situação surpresa para a cúpula partidária.
Seus
líderes já tinham acertado deixar o volante do ônibus do ex-partidão
majoritário no Estado e passado para a carroceria de um candidato cujo partido
participa do governo federal, ocupando há anos um cobiçado ministério.
Acontece
que o PSDB tem candidato à Presidência da República e precisa de palanques nos
Estados.
Nesse
acordo local de um grupelho, o candidato de 1 minuto e pouco na televisão,
adquiriu, por pura "afinidade ideológica", os mais de 2 minutos do
partido do candidato Aécio.
Os
jornais de circulação nacional anunciaram que os ventos do candidato surpresa,
e a lógica da sua decisão, chegaram onde deveria chegar, ou seja, no Diretório
Nacional do Partido, que exterminou a inflação do Brasil.
Foi
então decido pela alta cúpula dos tucanos que em todo o país o PSDB deve ter
candidatos ao governo do Estado.
Não
gostei do termo utilizado por eles de “candidatos zebras”, menosprezando o
eleitor, peça máxima na conquista do poder com o seu voto secreto.
Zebra
transmite inferioridade e remota possibilidade de vitória. Se for assim, o
próprio Aécio é zebra, pois nas pesquisas seu comportamento é do antigo animal
da Loteria Esportiva do Fantástico.
Fico
com a criatividade do cuiabano de candidato surpresa.
A
nossa história está a nos mostrar quantas surpresas as eleições aprontaram.
Surpresa
ou zebra foi um avanço surgido em Mato Grosso e aceito em nível nacional.
Partidos
existem para disputar eleições e chegar ao poder. Nanicos não pensam em
conquistar o poder e são chamados de siglas de aluguel.
Nosso
Estado começa a ser ouvido e levado a sério, não pelos nossos ditos formais
representantes, mas pela coragem assombrosa do Maurício Magalhães.
Mesmo
derrotado na convenção, será o grande vitorioso dessas eleições e deixará um
legado de despojamento.
E
para quem ficarão os mais de 2 minutos?
Gabriel
Novis Neves
04-03-2014
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