terça-feira, 11 de março de 2014

HOMEM OBJETO

A mulher, a partir da pílula anticoncepcional, tem revolucionado o seu comportamento sexual, anteriormente contido e arcaico.
Com leis e regras desde sempre feitas pelos homens, elas têm sido massacradas secularmente pelos comportamentos vigentes ditados pela moral e pelos bons costumes.
Mas, como tudo que é muito contido está literalmente condenado ao extravasamento, não é de se admirar que a qualquer momento isso viesse a acontecer.
Nesse processo, as mulheres começam a se  transformar, de presas submissas, a caçadoras compulsivas.
O pior é que elas vêm copiando o que os comportamentos masculinos têm de pior.
O homem passou a ser considerado objeto descartável para uso imediato como fonte de prazer e, o que é mais instigante, recebendo avaliação por seu desempenho viril.
Um novo aplicativo, chamado "LULU”, vem possibilitando às mulheres fazerem avaliações quanto ao desempenho sexual de seus parceiros, como se fossem notas. Essas avaliações são disseminadas pelas redes sociais como se um carimbo fosse de cada um.
Geralmente, esses dados pessoais são pejorativos e divulgados  num típico desrespeito ao que o ser humano tem de tão importante, a sua privacidade.
Os chamados “clube das Luluzinhas” funcionam mais ou menos como uma espécie de revanche pelos inúmeros anos de machismo que ditaram os comportamentos masculinos.
As cantadas de mau gosto e as insinuações eróticas grosseiras vêm transformando alguns  homens inseguros em verdadeiras presas indefesas, alterando, inclusive, a sua sexualidade.
Os mais descolados e menos sensíveis, mais intelectualizados, até transformam esse uso explícito em pontos positivos para a sua qualificação de predadores, dando vazão à sua libido animal.
Afinal, o que querem as mulheres?
Homens descartáveis, insensíveis, cínicos, musculosos, meros reprodutores, ou verdadeiros companheiros, solidários, cúmplices, capazes de trocas afetivas satisfatórias?
Tudo o que se vê no momento é uma tentativa de ir à forra, ainda que agredindo os seus próprios condicionamentos de fêmea e, o que é pior, tirando do macho uma de suas maiores características, a de caçador.
Os animais, apesar de irracionais, intuem perfeitamente esse jogo de poder e jamais submetem a fêmea a algo que ela não queira, respeitando-a, inclusive, nos seus ciclos reprodutivos.
Nós, os racionais (será?), temos aumentado os casos de estupro, de violência  física contra a mulher e toda sorte de desrespeito ao sexo oposto, e ao nosso próprio.
Mulheres precisam se conscientizar que condutas agressivas aos homens, tais como gracejos pejorativos, convites indecorosos, podem muito mais inibir do que estimular o erotismo.
Essa forra, na tentativa de transformar qualquer ser humano em objeto, apenas retarda o momento de pacificação e entrega mútua entre os sexos, tão esperada por todos.
Que não seja copiado deles o que eles tiveram de pior por tantas gerações.

Gabriel Novis Neves
11-01-2014

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