quarta-feira, 23 de novembro de 2011

LEIS PARA FERRAR

Em um país onde o poder público não cumpre a Constituição Federal que diz que “A saúde é direito de todos e dever do Estado,” criam-se leis absurdas e demagógicas, visando única e exclusivamente ao fechamento dos poucos hospitais privados ainda funcionando, e bem.

Após a falência forçada por essas leis, o governo adquire esses espaços de saúde para funções outras.

Os hospitais assassinados, são comprados a preço de banana pelo governo e transformados em garagens de ambulâncias; locais para abrigar centenas de cabos eleitorais comissionados sem necessidade de concurso público; albergues de morcegos e até locais para depósito de lixo.

Quando não entrega a administração desse tiquinho de estrutura que o nosso Estado possui, e não funciona, às duvidosas organizações sociais.

A experiência com o Hospital Metropolitano de Várzea Grande no seu primeiro mês de funcionamento foi um fiasco.

A justiça não aceitou essa invencionice, que é uma fuga de responsabilidade, e foi muito benevolente concedendo três meses para o Estado cumprir a lei.

Se fosse para um hospital privado de qualidade, o prazo seria de 24 horas, com multas diárias milionárias.

Poderia citar inúmeras leis que são feitas visando ferrar os hospitais particulares.

Duas merecem uma atenção especial.

As internações determinadas pela justiça sem indicar a fonte dos recursos.

Outra é a anedótica lei do cheque caução.

Em ambos os casos, o Estado é o responsável, mas, caloteiro contumaz, repassa esse ônus aos hospitais privados.

A empresa hospitalar é obrigada a fechar as suas portas e aumentar ainda mais o sofrimento social no Estado da Copa Pantanal.

Por isonomia, gostaria de saber se é possível fazer a lei do calote para todos os outros setores da economia.

Gostaria de comprar toneladas de soja, algodão, carne de qualquer tipo, milho, óleo e outros produtos sem cheque caução, contratos, garantias e um não estou nem ai para compromissos com as liminares da justiça.

Por que essa fixação na saúde do povo brasileiro? Alguma determinação sigilosa superior para diminuir a nossa população?

Nem nos tempos de Hitler havia tanta crueldade com os doentes.

Chegamos ao fundo do poço, com pacientes com pus na barriga, portador de bom plano de saúde e particular, não encontrar hospital para operar.

É quase impossível na cidade da Copa, salvar a vida de um paciente, quando o procedimento exige internação hospitalar.

Os pobres estão morrendo em nosso Estado por omissão dos governos irresponsáveis, que não investem na saúde pública.

Propaganda enganosa setorial e inútil consome grande parte do orçamento do Estado.

Sou obrigado a ouvir nos intervalos nobres da televisão, mensagens publicitárias de ações governamentais visando o atendimento de dependentes químicos, idosos, casamentos comunitário, bailes para o pessoal da melhor idade e etc.

A condição humana dos habitantes do Estado da Copa do Pantanal vale menos que uma reunião interminável do governo, com os nossos legisladores do cheque caução e calote das internações judiciais, para decidir o futuro dos dirigentes da agência da Copa.

Senhores legisladores federais, estaduais e municipais! Cumpram com as suas obrigações constitucionais, elaborando leis para melhorar a qualidade de vida do povo que vos elegeu.

Parem de ser mandados a fazer leis para ferrar o povo, matando os seus hospitais privados, hoje todos na UTI.

Conselho Federal de Medicina, por favor, defenda os hospitais que ainda são seus!

A PEC 29 morreu, e agora a saúde está em um mato sem cachorro, sem fontes necessárias de recursos para seu funcionamento.

Não deixe que a lei do imposto venha para nos ferrar mais ainda - desejo dos nossos governantes.

Vamos lutar para que o Estado use para compra de serviços médicos cheque caução, igual aquele utilizado para a compra dos jipes na Rússia.

Gabriel Novis Neves

25-10-2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.