terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bolsas

O que é educativo deve ser copiado e passado a um número maior de pessoas. A informação correta é a principal formadora da consciência cidadã, tão ausente das discussões dos nossos graves problemas.

Não entendo patavina de bolsas de valores, verdadeiro azimute para muitos homens de negócios.

Acho complicado a metodologia do lucro nas bolsas. Ouço histórias de pessoas que ficaram milionárias aplicando nas bolsas. Assim como de gente que perdeu tudo apostando nelas.

Ricardo Amorim, consultor em economia e jornalista, há dias, na revista ISTOÉ, deu uma verdadeira aula de bolsas para principiantes, cujos principais trechos passo a reproduzir.

“A Bolsa Família é a mais conhecida Bolsa Brasil e a mais criticada. O que realmente impressiona é que outros programas de transferência de renda, não recebem as mesmas críticas.”

Aí vem a grande surpresa para este médico.

“O Bolsa Empresário, custará R$ 18 bilhões ao BNDES em 2011, contra os R$ 16 bilhões anuais da Bolsa Família. O Bolsa Exportador, custará mais de R$ 60 bilhões. O Bolsa Aposentado custará mais de R$ 90 bilhões. O Bolsa Idoso e o Bolsa Estudante, conhecido popularmente como a Lei da Meia-Entrada, faz com que todos os demais paguem ingressos mais caros para que estudantes e idosos paguem menos.”

“Existe ainda o Bolsa Mulher, a lei que permite que as mulheres se aposentem cinco anos antes dos homens. O Bolsa Rural, com linhas de créditos subsidiados para o setor.”

“O Bolsa Banqueiro, abençoado pelas nossas taxas de juros elevadíssimas, para cobrir as enormes necessidades de financiamento do setor público.”

“O Bolsa Funcionário Público, devido a salários superiores aos praticados pela iniciativa privada para as mesmas funções e às aposentadorias privilegiadas.”

“O Bolsa Universitário, para os estudantes de universidades públicas e gratuitas.”

“O Bolsa Corrupto, onde recursos do inchado erário são desviados para bolsos privados.”

“Enquanto acharmos que o programa que nos beneficia é o mais justo, pense duas vezes antes de reclamar do Bolsa Família, dos impostos altíssimos, da infraestrutura precária e da saúde, educação e segurança deficientes.”

O economista famoso Ricardo Amorim, apenas esqueceu-se de citar “O Bolsa Copa do Mundo.”

Talvez por ser uma Bolsa Sem Fundos, não quis entrar nos detalhes.

Acorda, minha gente, para refazermos nossas escolhas!

Gabriel Novis Neves

29-10-2011

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