quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Gato comeu

Quando o governo da quebra de paradigmas assumiu o poder em 2003, o maior problema, na visão deles, era as estradas esburacadas em todo o Estado, dificultando o escoamento da safra agrícola.
A justificativa para focar essa prioridade – estradas -, em um Estado com déficit de salas de aulas, com um sistema de saúde sem terminalidade, total incompreensão sobre problemas ambientais e o loteamento da administração com comando imperial, fácil é entender o resultado tardio que está pipocando.
O governador Júlio Campos, com os recursos infinitos que Roberto Campos drenou para Mato Grosso, asfaltou boa parte do Estado, sem parcerias.
As estradas eram tão boas que, da porta da minha casa no bairro do Porto, até Alto Araguaia, em viagem tranquila, gastava pouco mais de quatro horas.
Todo o médio norte era asfaltado com serviço da melhor qualidade.
Foi o período da ocupação desordenada do nosso nortão, onde as cidades nasciam do dia para a noite.
Roberto Campos, que sempre viveu no exterior, dizia que, enquanto na Europa via cidades morrendo, aqui as cidades nasciam em altas taxas e, vai asfalto.
Mudou-se o cenário, mas o asfalto continua prioritário para o crescimento do Estado. Era status dizer que a administração do Estado estava sendo gerenciado por um empresário de sucesso, conhecido como o Pelé - rei.
Os últimos oito anos do governo de Mato Grosso, ficou conhecido como o governo estradeiro, pelas inúmeras estradas realizadas em parcerias com os fazendeiros que foram beneficiados, tudo realizado por preços abaixo aos do mercado e de qualidade excelente.
Leio a pesquisa feita pela Confederação Nacional de Transporte (CNT).
Classificou as nossas estradas como um quadro de penúria.
Nos 4.4 mil quilômetros de rodovias mapeadas no Estado, a avaliação da CNT foi regular, ruim e péssimo.
O ex-presidente da República ficou encantado do que ouvia sobre as estradas do nosso Estado e, principalmente, pelo preço das mesmas. Não teve dúvidas e nomeou o responsável por esse milagre, para tomar conta das estradas do Brasil.
Recentemente a revista Veja o demitiu, dando início à operação faxina.
Falta honestidade para que Mato Grosso tenha uma boa e necessária malha viária.
Será crime fazer esse pedido?
E as estradas, orgulho até as eleições passadas?
Gato comeu.

Gabriel Novis Neves
28-10-2011

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